Mãe de torcedor morto em briga de torcidas conta seu drama

Por Gazeta News

A mãe Gildair Alves Santos sofre não só com a perda do filho André Alves Lezo, 21, integrante da Mancha Alviverde, morto em confronto com a torcida organizada Gaviões da Fiel, no dia 25 de março. Dois dias depois de perder o filho, Gildair viu Tiago, irmão gêmeo de André, ser preso, suspeito de participar da briga. Não bastasse, no dia 4 de abril, Lucas, 22, o filho mais velho e vice-presidente da Mancha, também foi preso suspeito de matar um corintiano em 2011.

“Depois do perigo que aconteceu com minha família, do tiro que o Lucas levou em Presidente Prudente, pedimos, eu principalmente, pelo amor de Deus para eles não irem mais (a jogos de futebol), porque era perigoso e tudo mais. Mas os meninos têm 21, 22 anos, eles não têm cabeça de pessoa de 30. Se é mais novo, você pode até amarrar. Eles têm adrenalina. De repente, eu, conhecendo meus filhos, vejo que eles não viam como um perigo”, contou a mãe, à “Folha”.

Segundo ela, o filhos tinham muitos amigos dentro da torcida, que ela não culpa. “Vou continuar tendo amizade com a Mancha (Alviverde), temos amigos, e admiro as pessoas de lá, não são pessoas ruins. Não posso não gostar da Mancha porque ela tirou meu filho. O André faleceu fazendo o que gostava, indo com os amigos para o estádio, junto com a turma dos amigos dele da Mancha”, ressaltou.

“Espero que encontrem o culpado pelo crime dos dois meninos, tanto do meu filho quanto do Guilherme (Jovanelli Moreira, também morto no confronto). O que espero também é reestruturar toda a minha família e que eu tenha força para isso, Deus vai me ajudar, vai nos ajudar. O “Dé” não vai voltar, tenho que respeitar a vontade de Deus”, finalizou à reportagem.