Mais de 80 são presos em protestos contra absolvição de policial que matou negro nos EUA

Por Gazeta News

MISSOURI-CRIME/
[caption id="attachment_153053" align="alignleft" width="424"] Mais de 80 manifestantes foram presos durante confronto com a polícia em St Louis. Foto: Reuters.[/caption]

Na terceira noite consecutiva de violência na cidade de St. Louis, no Missouri, mais de 80 pessoas foram presas no último domingo, 17, durante protestos contra a absolvição de um ex-policial branco que matou a tiros um homem negro em 2011.

Tropas de choque da polícia usaram spray de pimenta e prenderam manifestantes que desrespeitaram ordens para se dispersar após um protesto maior e pacífico.

Depois do anoitecer, um pequeno grupo permaneceu no local e houve cenas de desordem, assim como nas noites de sexta-feira e sábado. Manifestantes quebraram janelas e tentaram bloquear o acesso a uma rodovia interestadual, disseram a polícia e testemunhas.

A prefeita de St. Louis, Lyda Krewson, disse em entrevista coletiva que "a imensa maioria dos manifestantes é não violenta", e culpou um "grupo de agitadores" pela violência.

O caso Em dezembro de 2011, o oficial de St. Louis, Jason Stockley, 36 anos, disparou e matou o motorista Anthony Lamar Smith, 24, depois de uma perseguição policial. Stockley argumentou que pediu ao jovem para mostrar suas mãos ainda dentro do carro e o gesto que o suspeito fez, deu a entender que estaria procurando uma arma, foi quando atirou. Os promotores argumentaram que a arma encontrada no carro de Smith tinha sido colocada propositalmente por Stockley para justificar o tiro. O juiz de St. Louis que julgou o caso, Timothy Wilson, entendeu que não houve evidência que comprovasse o argumento da acusação.

Os protestos em St. Louis começaram após a absolvição, na sexta-feira, 15. Logo após de anunciado o veredicto e iniciado os protestos, 33 pessoas foram presas, além de 10 agentes feridos.

A violência fez lembrar cenas de violência após a morte a tiros em 2014 de um jovem negro por um policial branco em Ferguson, também no Estado do Missouri.

Fonte: Reuters