Mais dois deputados são absolvidos.

Por Gazeta Admininstrator

Ontem, o deputado João Magno (PT-MG) escapou de ter seu mandato caçado, por quebra de decoro parlamentar, no plenário da Câmara. Sobre ele pesava a acusação do recebimento de R$ 426 mil das contas do empresário Marcos Valério. Dinheiro que o deputado afirma que foi utilizado para pagamento de dívidas de campanhas eleitorais em 2002 e 2004.

Algumas horas antes, o plenário também rejeitou o relatório de Chico Alencar (PSOL-RJ), que solicitava a cassação do mandato do deputado Wanderval Santos (PL-SP). A votação, do processo de Wanderval ficou da seguinte forma: 179 votos contrários, 242 favoráveis à cassação, 20 abstenções e três em branco.

Já João Magno recebeu 207 votos contra a cassação e 201 a favor. Houve 10 abstenções, cinco votos em branco e três nulos.
O processo será arquivado. O petista afirmou ter a "consciência tranqüila, a saúde boa e a alma naturalmente doída". Assim como os demais deputados acusados, que tiveram seus mandatos mantidos, Magno relatou o constrangimento que sua família passou, após as denúncias e disse que nunca pensou em renunciar ao mandato.

Em sua defesa, o deputado afirmou que recebeu os recursos em boa-fé, após ter recebido orientação da direção nacional do PT. O dinheiro foi utilizado para o pagamento de dívidas de sua campanha a deputado federal, em 2002, e a prefeito do município de Ipatinga (MG), em 2004. A prestação de contas ao TRE de Minas, no entanto, só foi feita em outubro de 2005, quando o escândalo do "mensalão" veio à tona.

O outro deputado absolvido, Wanderval Santos, é acusado de ser o destinatário de R$ 150 mil do "valerioduto". O montante foi retirado das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, no Banco Rural, por um funcionário do seu gabinete.
O argumento do deputado é que os recursos foram sacados a mando de Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou ao mandato de deputado federal.