Mais millenials estão trocando Miami por outras cidades devido aos baixos salários e custo de moradia

Por Gazeta News

Container Ship making its way through the Miami River
  • Os altos custos de moradia em Miami e a média salarial, além do tráfego, são citados como fonte de frustração
[caption id="attachment_201911" align="alignleft" width="433"] Miami River[/caption] O perfil da cidade de Miami mudou drasticamente nos últimos anos. O aumento dos preços de imóveis e de aluguéis, juntamente com as construções dos novos arranha-céus, são uma evidência. Esse tem sido o caso nos últimos três anos, de acordo com um estudo publicado recentemente pelo site de finanças SmartAsset. O relatório, baseado nos dados do Censo dos Estados Unidos e nos padrões migratórios em 2018 e 2019, analisa indivíduos de 20 a 34 anos em cidades dos EUA. Em seus dados de 2020, o estudo analisou pessoas com idades de 25 a 39 anos. Os resultados mostraram que em 2018, 4.305 mudaram-se para Miami e 10.870 deixaram a cidade. Em 2019, 3.252 se mudaram para a cidade e 5.972 deixaram Miami. Quanto aos primeiros meses de 2020, 2.736 se mudaram para Miami e 6.368 se mudaram para outras cidades. O estudo não analisou os fatores por trás dos padrões migratórios. A 'fuga de cérebros' e seus impactos econômicos preocupam os líderes locais há anos. Os altos custos de moradia de Miami em relação aos salários e problemas de tráfego, são frequentemente citados como fonte de frustração. "O emprego é outro fator", observou Nancy Corey. Profissionais em busca de carreiras acadêmicas, mídia, medicina ou publicação, muitas vezes gravitam em direção ao nordeste. Estados como a Flórida, que não cobram imposto de renda pessoal, são um ímã para novos residentes, e Orlando, Tampa e Tallahassee são as cidades mais populares entre os millenials do que Miami, de acordo com o porta-voz da SmartAsset, Mark LoCastro. Todas têm custo de vida mais barato que Miami. Outras grandes cidades metropolitanas também estão perdendo a geração do milênio. Segundo o estudo, Nova York teve a maior saída líquida (50.445), seguida por Chicago (7.839), Washington, DC (5.346) e St. Louis (4.866), classificadas entre as cidades que mais perdem a geração do milênio, destaca LoCastro. Mercado imobiliário Mas a saída não está afetando o mercado imobiliário, de acordo com Nancy Corey. Havia interesse suficiente de outras gerações - e mesmo dos millenials com mais de 30 anos- que procuravam comprar para manter o mercado forte antes da COVID-19. Além do clima, os corretores de imóveis disseram no final de 2019 que a fuga de impostos atraiu um número crescente de compradores de fora do estado. "Nas últimas semanas há demanda reprimida... e interesse por casas em todas as faixas de preço", afirma Corey. As informações são do Miami Herald.