Mais mulheres acusam médium João de Deus após relatos de abuso sexual

Por Gazeta News

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Depois que 13 mulheres relataram que sofreram abuso sexual pelo médium brasileiro conhecido internacionalmente João de Deus, mais denúncias começaram a aparecer. As supostas vítimas relataram os casos durante o Programa do Bial, da TV Globo. O médium, que chegou a ser entrevistado por Oprah Winfrey, atende milhares de pessoas de diferentes países todos os dias na Casa Dom Inácio, em Abadiânia, há 120 quilômetros de Brasília. De acordo com o G1, outra vítima relatou ao Jornal Nacional que tinha 15 anos quando começou a frequentar o local. Uma ex-funcionária relatou à TV Anhanguera que também foi vítima do médium.

Os supostos abusos

Todas elas disseram ter ido sozinhas ao templo onde o guru atendia. Primeiro, havia uma seção de tratamento coletivo. Nela, João de Deus, de 76 anos, lhes dizia –enquanto teoricamente estava sob influência de entidades espirituais– que precisavam de um tratamento individual. As supostas vítimas sempre ficavam no fim da fila para fazer esse tratamento. João de Deus então as levava para um quarto escuro com as portas fechadas. Lá, ele supostamente tocava seus seios ou lhes pedia para que tocassem seu pênis. Tudo justificado com parte de um tratamento de limpeza espiritual. Apenas uma das supostas vítimas, acoreógrafa holandesa Zahira Leeneke, concordou em ser identificada. Ela viajou para o Brasil há quatro anos para se tratar com ele. A coreógrafa declarou que, na primeira sessão, depois de conhecer seus problemas, o médium a sugestionou de tal maneira que até a obrigou a se masturbar. Apesar do que aconteceu naquele primeiro encontro, Leeneke voltou para outras sessões, nas quais permaneceu com outras pessoas em meditação. Outra vez, no entanto, ela foi atendida outra vez pessoalmente pelo médium, que naquela oportunidade a levou “violentamente” a um banheiro e a estuprou. “Estou com medo até agora”, disse Leeneke.

Médium nega as acusações

A assessoria de imprensa de João de Deus nega as acusações das 13 mulheres que contaram os casos na TV, sem se identificarem por medo de perseguição. A assessoria disse ainda queconsiderou “muito grave” a emissora ter divulgado as denúncias, que qualificou de “lamentáveis” e “fantasiosas”, e sobre as quais alegou que não foi fornecida “nenhuma prova”. Em um comunicado, questionou “por que” as supostas vítimas “não procuraram as autoridades policiais ou o Ministério Público”.Com informações do G1 e El Pais.