Marcelo Mello: Autoestima

Por Marcelo Mello

autoestima

Incrível como muita gente anda com baixa autoestima. Por que será? Andei pensando sobre isso e depois de muito observar alguns recentes comportamentos – meu inclusive -, cheguei à conclusão de que aqueles que têm problemas sérios em relação a isso são as que menos realizam coisas.

A realização está completamente ligada à autoestima. Quem realiza menos, quem faz menos, quem produz menos, tem autoestima baixa.

Se quiser um exemplo prático, eu posso dar, ainda que não faça a menor ideia de quem você seja:

Pare aí uns dez minutos e pense nas suas últimas realizações. Vale qualquer coisa. Um projeto de trabalho, uma missão autoimposta, um objetivo alcançado, enfim, qualquer coisa mesmo.

Tente se lembrar como estava se sentindo durante o processo e imediatamente após a conclusão do mesmo.

Agora faça o exercício de modo inverso. Tente se lembrar da sua sensação quando passou um determinado tempo sem fazer absolutamente nada de relevante. Não estou dizendo aqui que relevante seja publicar um livro para ganhar o prêmio Nobel de Literatura. Estou falando relevante no sentido pessoal. Algo que tenha significado para você apenas.

Eu tenho visto por aí uma porção de pessoas com problemas psicológicos que seriam facilmente resolvidos com alguma tarefa. Quando as pessoas se sentem úteis, elas melhoram. Pelo amor de Deus, não estou falando aqui para você se tornar uma daquelas pessoas falsas das redes sociais que vivem para mostrar o quanto são boas e bem resolvidas. Já falei delas por aqui há duas semanas. Não é nada disso.

Estou falando em sentimentos íntimos, puros, genuínos, não daqueles “sentimentos” que todos querem mostrar ao mundo. Acorda!!! Ninguém está nem aí para você!

Autoestima é autoexplicativo. É de você para você. O resto, ou seja, a relação do mundo lá fora para com você é estima. Em outras palavras, de nada adianta receber elogios ou reconhecimento. Autoestima é de dentro para fora e não de fora para dentro, me entende?

Eu confesso que tive poucos momentos na minha longa vida em que me senti um inútil. Mas, eles já ocorreram sim, não posso negar. E sempre que esses raros momentos surgiram, me coloquei em estado de alerta para buscar alguma coisa que me fizesse sentir, de algum modo, realizado.

O engraçado é que pouca gente percebia que eu andava com a autoestima baixa. Isso pouco importa, não é mesmo? O que interessa é o nosso íntimo, é como nós nos sentimos em relação a nós mesmos.

É lá na frente do nosso espelho que devemos nos questionar sobre as escolhas que fazemos. As escolhas feitas no passado que nos trouxeram ao presente. Pensando desse modo, é o que NÃO estamos fazendo agora que vai nos levar ao futuro, entende meu ponto?

Você aí do outro lado pode estar vivendo isso agora. No mínimo já passou por isso. Se a reflexão que propus nesse texto faz algum sentido para você, mexa-se! Sempre dá tempo de fazer alguma coisa que vai acarretar na melhora de sua autoestima.

Simples assim: Faça!