Em depoimento na última quarta-feira, 1, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário Marcelo Odebrecht disse ter doado R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 como caixa dois. O ex-empreiteiro revelou ainda ter se reunido com o então vice-presidente para tratar de doações ao PMDB, mas que não foram negociados valores diretamente entre eles.
Aliás, Odebrecht contou que acredita que os valores foram discutidos entre o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira, Claudio Mello Filho, e o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Dos R$ 150 milhões doados à chapa Dilma-Temer, parte foi contrapartida pela aprovação da medida provisória do Refis, que beneficiou o grupo Odebrecht, acordado com o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. Marcelo disse ainda que uma quantidade do valor foi paga no exterior ao marqueteiro do PT, João Santana, com conhecimento de Dilma.
Além disso, segundo ele, as campanhas de Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (então no PSB) e Eduardo Campos (PSB) também receberam recursos de caixa 2 da Odebrecht.
O depoimento de Marcelo Odebrecht - que está preso na Polícia Federal em Curitiba - é parte de ações que tramitam no TSE pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer por suposto abuso de poder político e econômico na eleição presidencial de 2014 e aconteceu na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
