Maria Rita na Flórida

Por Gazeta Admininstrator


Maria Rita no programa Jô Soares

A cantora Maria Rita se apresentará, no dia 8 de agosto, no Gusman Center, em Downtown, Miami. Em destaque estarão as músicas de seu mais recente CD, o “Samba Meu”, que brinda o público com um ritmo brasileiríssimo e contemporâneo.

Filha de dois ícones da música brasileira, Elis Regina e César Camargo Mariano, Maria Rita já foi considerada pelo jornal norte-americano New York Times como “o maior fenômeno da música popular brasileira nos últimos anos”. A cantora brasileira viveu nos Estados Unidos entre os 16 e os 23 anos.

Ganhadora de quatro prêmios Latin Grammy, Maria Rita já solidificou sua carreira internacional, arrebatando a simpatia do público e dos críticos.
O CD “Samba Meu” já soma mais 125 mil cópias vendidas e recebeu o disco de platina. Animada com o sucesso de Samba Meu, desde que foi lançado, em setembro de 2007, a cantora prepara agora o DVD homônimo, que deverá ser lançado no segundo semestre deste ano.

No repertório, Maria Rita apresentará canções de seu mais recente álbum “Samba Meu” como “Tá Perdoado” (Franco/Arlindo Cruz), “O Homem Falou”(Gonzaguinha), “Num Corpo Só” (Arlindo Cruz, Picolé), “Maria do Socorro”(Edu Krieger) e “Corpitcho” (Ronaldo Barcellos Picolé), entre outras.

O projeto partiu de um pedido da sua gravadora, a Warner, para que ela adiantasse sua entrada no estúdio. Já ambientada com sua nova casa, o Rio de Janeiro, a cantora vive sua “aventura no samba”.

O resultado são 14 faixas que misturam compositores como Gonzaguinha (O Homem Falou) e Arlindo Cruz (que assina 6 músicas) a novatos como Edu Krieger, presente com Novo Amor e Maria do Socorro. Num momento em que outras cantoras da nova safra também arriscam no samba, ela desmistifica a idéia de retomada do gênero. Acha, inclusive, “ofensivo” que se pense isso. “O samba sempre esteve aí. Outras coisas, como o pagode e o axé, vieram e voltaram, até mesmo o rock. A turma nova que está fazendo samba faz por paixão e eu acho lindo. Muitos estão na fonte que sempre beberam e uns poucos fazem por oportunismo. Mas nem cabe a mim julgar isso: o que pode parecer oportunismo, pode ser uma busca daquela pessoa, uma coragem de passar por essa experiência.”

O fato é que, em ‘Samba Meu’, Maria Rita pareceu mais solta à imprensa e ao público, que estava acostumado com as canções densas dos dois discos anteriores. Ela disse inclusive, à época do lançamento, que estava cansada da imagem de diva intocável. Pois, se antes de lançar o primeiro disco, quando ainda fazia disputadas temporadas em pequenas casas, ela era super tímida, agora, no palco, desfila de vestido curto, mostra que tem samba no pé e exala sensualidade. Maria Rita está, então, mais madura? A cantora se incomoda com a questão: “Não foi o samba que me trouxe maturidade, mas a vida. Meu nervosismo no palco nada tinha a ver com pressões da imprensa, mas com minha exigência comigo mesma. Eu fico um bicho antes de entrar no palco e até por isso dispensei maquiador e cabeleireiro no camarim.”

Biografia
Maria Rita começou a cantar profissio-nalmente aos 24 anos. Agora, com 30, não acha que foi tarde. “Você se achar no mundo é uma tarefa muito difícil”, diz a jovem que se formou em comunicação social e estudos latino-americanos nos EUA. Filha de Elis Regina e César Camargo Mariano, de tanto dizerem que ela precisava cantar, Maria Rita resistiu durante algum tempo. “Encaro a vida como um grande processo feito de vários pequenos processos no caminho. Sempre quis cantar. Mas a questão não era querer. Era porque. Não gosto de fazer nada sem ter um porque. Fica mais fácil quando você tem um objetivo, uma meta. O motivo passou a existir quando percebi que ficaria louca se não cantasse”, afirma.

Após escolher a hora certa, ela não pode queixar-se dos resultados que alcançou. Aliás, ninguém pode reclamar dos resultados alcançados por Maria Rita. Antes mesmo de lançar um CD foi a vencedora do Prêmio APCA de 2002 como Revelação do ano. Seu primeiro disco, “Maria Rita”, lançado em setembro de 2003, vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo. O primeiro DVD, que traz o mesmo título e foi para as lojas na primeira semana de novembro daquele ano, chegou à marca de 180 mil cópias. Ambos foram lançados em mais de 30 países, incluindo Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador, Finlândia, França, Inglaterra, Itália, Japão, Coréia, República Tcheca, México, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan e Venezuela. Os números referentes à jovem cantora são sempre impressionantes. Maria Rita alcançou, no Brasil (um mercado tido como em crise, ameaçado pela pirataria), Disco de Platina Triplo e DVD de Diamante; em Portugal, CD de Platina. Também, pudera. Foram 160 shows completamente lotados ao longo de 18 meses.

O reconhecimento foi de público e de crítica. Maria Rita venceu prêmios importantíssimos, em 2004: Grammy Latino nas categorias Revelação do Ano, Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção em Português (“A festa”); Prêmio Faz a Diferença (oferecido pelo jornal “O Globo”); o troféu da categoria Melhor Cantora do Premio Multishow e os do Prêmio Tim nas categorias Revelação e Escolha do Público. Do primerio CD dela, foram trabalhadas as músicas “A festa”, “Cara valente”, “Encontros e despedidas” (que foi tema na novela “Senhora do Destino”) e “Menininha do portão”.

O aprendizado para Maria Rita se deu todo de maneira instintiva e informal. Uma conversa com o pai, quando era mais jovem, ilustra bem isso. Maria Rita pediu que Camargo Mariano a ensinasse a tocar piano. Diante de uma negativa, encolheu-se: “Ok, você não tem tempo, não é?” O pai, que com certeza é uma das grandes referências musicais dela, discordou; disse que tempo, se fosse o caso, ele arrumaria. O problema é que ele aprendera sozinho... “O que ele toca ele não aprendeu com ninguém, então ele não tem o que me passar”, entende agora Maria Rita, que seguiu trilha parecida. Soltava a voz e pronto. Passou a fazer aulas de canto, mais tarde, para “saber usar o instrumento”. Ela até gostaria de ter uma bagagem mais formal, mas por outro lado mostra-se satisfeita com os caminhos que escolheu guiada pelo instinto e pelo coração.

Em setembro de 2005, chegou às lojas o novo trabalho de Maria Rita, “Segundo”. O primeiro single foi “Caminho das águas”. Juntamente com a pré-venda do CD em lojas online, foi feita a “venda digital” do single “Caminho das águas”. Neste último caso, uma novidade no mercado brasileiro de discos, foram tantos downloads que houve congestionamento já na data de lançamento. Todo mundo queria ter Maria Rita gravada no computador. E não é para menos.

O novo CD rendeu à cantora uma extensa turnê no Brasil, participações especiais em diversos CDs nacionais (“Forró pras crianças” e “100 anos de frevo”), shows nacionais (Arlindo Cruz, O Rappa, Os Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil e Mart’nália) e internacionais (Jamie Cullum, Mercedes Sosa e Jorge Drexler). O sucesso mundial de “Segundo” lhe rendeu, em 2006, mais dois Grammys Latinos - Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção Brasileira com “Caminho das Águas” de Rodrigo Maranhão - e mais de 50 apresentações no exterior com sucesso absoluto de público e crítica no Montreux Jazz Festival, North Sea Jazz Festival, Irving Plaza (NY), San Francisco Jazz Festival, dentre outros. No dia 14 de setembro de 2007, Maria Rita lançou o seu terceiro CD “Samba Meu”, produzido por Leandro Sapucahy e co-produzido pela própria cantora. O CD teve lançamento simultâneo nos Estados Unidos, América Latina, México, Portugal, Israel e Reino Unido. Em abril de 2008, a ABPD concedeu o Disco de Platina a “Samba Meu” pelas mais de 125 mil cópias vendidas do CD. O álbum também ganhou o prêmio de “melhor CD” no 15º Prêmio Multishow de Música Brasileira.

Show de Maria Rita:
Data: 8 de agosto, às 8 pm
Local: Gusman Theater
s174 E Flagler Street
Miami - Downtown

Informações: (954) 245-2539
Ingressos:
www.ticketmaster.com