Marin e outros dirigentes da Fifa são presos pela polícia suíça em Zurique

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_87169" align="alignleft" width="300"] Ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está entre os sete dirigentes da Fifa presos no dia 26. Foto: EBC/Flickr.[/caption]

A polícia da Suíça prendeu no dia 27 sete dirigentes da Fifa a pedido da justiça dos Estados Unidos sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados para os EUA. O departamento de Justiça Americano confirmou que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. O Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando os dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.

Foram formalizadas acusações de corrupção contra 14 pessoas, entre elas nove atuais e antigos dirigentes da FIFA e cinco executivos de empresas de promoção de eventos desportivos.

Delegados de quase todas federações de futebol estão em Zurique para o congresso da Fifa marcado para o próximo dia 29, no qual Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente da entidade. Blatter não está entre os acusados, porém, seu nome figura na lista de investigados. Segundo informações da “CNN”, o FBI já vinha atuando sobre o caso há cerca de três anos.

De acordo com o “The New York Times”, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em 2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas últimas duas décadas. Os outros dirigentes detidos na Suíça, além de Marin, foram Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), presidente da Concacaf; Eugenio Figueredo (Uruguai), que integra o comitê da vice-presidência executiva e até recentemente era presidente da Conmebol; Julio Rocha (Nicarágua), presidente da Federação Nicaraguense; Costas Takkas, braço-direito do presidente da Concacaf; Rafael Esquivel, presidente da federação da Venezuela e membro do Comitê Executivo da Conmebol; e Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica.

A lei dos EUA dá autoridade ao Departamento de Justiça para abrir casos contra estrangeiros que vivem no exterior. De acordo com “NYT”, os promotores americanos têm usado esse expediente em relação a casos de terrorismo internacional.

“O que aconteceu hoje deve enviar uma mensagem de que basta. Depois de décadas de corrupção, como mostra o indiciamento, a organização do futebol internacional precisa de um novo início. É uma nova chance para as suas instituições fornecerem apoio honesto a um esporte que é amado no mundo todo. Quero ser clara: o indiciamento não é o capítulo final da nossa investigação”, disse a procuradora americana Kelly Currie.

A Justiça Suíça divulgou nota oficial os acusados aguardarão processo de extradição para os EUA. Segundo a nota, as autoridades americanas acusam os suspeitos de receberem milhões de dólares em subornos.

As escolhas de Rússia e Catar como sedes para as duas próximas Copas (2018 e 2022) podem ser o tema central das investigações.

O Departamento de Justiça americano ainda investiga o contrato da CBF com uma “grande marca americana” - supostamente a Nike.

A operação surpresa foi realizada por policiais à paisana, que se dirigiram ao balcão de registros do Hotel Baur au Lac e, já de posse das chaves, subiram aos quartos dos suspeitos, efetuando as prisões. Todos os acusados responderão, entre outras, por fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Fonte: G1.