Muito antes de se tornar um revendedor de automóveis, Al Maroone viu sua mãe ficar doente com câncer. Ele a levava ao hospital para tratamento, buscava, levava para casa, até que a viu morrer quando ele tinha 28 anos. Hoje, Al tem 91 anos e sua família acabou de anunciar uma doação milionária para um novo centro de tratamento de câncer que levará o nome Maroone. As informações são do “Sun Sentinel”.
O centro faz parte de uma expansão de $90 milhões de dólares que está sendo feita na clínica de Weston e prevista para abrir no próximo ano.
Seu filho, Mike Maroone, executivo da AutoNation, também é dedicado para que a Flórida tenha um centro de tratamento que será reconhecido como referência. A família Maroone doou $10 milhões de dólares à Cleveland Clinic Florida.
O apoio dos Marone e outros doadores é vital em um momento de “diminuição de recursos para a saúde”, quando muitos serviços não são cobertos pelo seguro, disse Wael Barsoum, presidente da Cleveland Clinic Florida. “Isso nos ajuda com educação, investigação e serviços para os pacientes, que deve variar entre arte-terapia, reiki e aulas sobre nutrição. O financiamento para a educação faz muita falta”.
Al Maroone sempre apoiou projetos de cuidado holístico para pacientes de Cleveland Clinic Florida e começou a apoiar programas depois da morte de sua mãe em Nova York. Há dez anos, ele doou $2 milhões para assistência médica preventiva e alternativa. “Parece-me que ao longo dos anos”, disse Al, “quanto mais eu dava, mais voltava para mim”.
"Efeito Angelina"
Depois que a atriz Angelina Jolie anunciou que realizou uma cirurgia para a retirada dos seios, chamada de mastectomia preventiva, em maio de 2013, mas mulheres britânicas buscaram testes genéticos para saber se há risco de desenvolver câncer de mama, de acordo com um estudo divulgado no dia 19, pelo periódico “Breast Cancer Research”.
Jolie, de 39 anos, que se tornou uma ativista pró-direitos humanos, anunciou sua cirurgia dizendo que seu teste sobre mutação do gene BRCA1 havia dado positivo, o que aumentaria significativamente suas chances de ter a doença. Ela disse querer divulgar o caso publicamente para que sua história inspirasse outras mulheres a lutar contra a doença.
Pesquisadores estudaram 21 clínicas e centros genéticos regionais e descobriram que havia 4.847 referências para o teste entre junho e julho do ano passado, ante 1.981 no mesmo período de 2012. A pesquisa, chamada “Efeito Angelina”, creditou à aparição da atriz com seu marido Brad Pitt por ajudar a aliviar os temores das mulheres sobre a cirurgia.
“Angelina Jolie provavelmente teve um impacto maior do que outros anúncios de celebridades, possivelmente por causa de sua imagem de mulher forte e glamourosa”, disse em nota o pesquisador Gareth Evans, da Genesis Breast Cancer Prevention.
“Isso pode ter reduzido o medo das pacientes sobre a perda de identidade sexual após a cirurgia preventiva e encorajado as mulheres que ainda não haviam buscado serviços de saúde para considerar testes genéticos”.
O câncer de mama é o mais comum em mulheres em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde estimou que mais de 521 mil mulheres morreram de dessa doença em 2012.