Massachusetts rejeita Secure Communities

Por Gazeta Admininstrator

WASHINGTON - Massachusetts não vai assinar o controverso sistema do Departamento de Segurança Interna que partilha informações da polícia local com agências federais. Com isso o governador democrata Deval Patrick se torna o terceiro governador a rejeitar o programa nas últimas semanas.

Patrick optou por não assinar a entrada do estado no programa Secure Communities, que começou com a proposta de ajudar na deportação de imigrantes indocumentados que tenham cometido crimes. No entanto, o programa está sendo criticado por usar dados biométricos recolhidos pela polícia local para deportar um grande número de imigrantes indocumentados que não tenham cometido crimes graves.

“O governador Patrick e eu compartilhamos de seus objetivos de segurança pública e concordamos que criminosos perigosos que estão aqui ilegalmente devem ser deportados”, disse Margaret Heffernan do Escritório Executivo de Segurança Pública do estado em uma carta ao Department of Homeland Security. “No entanto, o Secure Communities implementado nacionalmente
não reflete esses objetivos”.

Cerca de um quarto dos deportados no âmbito do programa nacional nunca foram condenados por um crime, o que está ligado à discriminação racial e à polícia ultrapassando os limites para prender imigrantes, de acordo com grupos a favor de imigrantes.

O descontentamento contra o Secure Communities é crescente. New York rejeitou o programa em maio, e a Califórnia e Illinois estão avançando contra a iniciativa do DHS.

O caso de Massachusetts é um pouco diferente dos outros estados. Enquanto os três outros que se movem contra o Secure Communities já aderiram oficialmente ao programa do DHS anteriormente, Massachusetts ainda não havia assinado sua entrada.

Mas não fica claro se Massachusetts pode realmente ficar de fora do Secure Communities. Apesar de Massachusetts não ter assinado em nível estadual, o programa já está em uso no Condado de Suffolk, que inclui Boston. E os funcionários do DHS confirmaram que a agência continuará utilizando as impressões digitais de Illinois e New York para a repressão à imigração ilegal.