Médico de Pompano Beach aplaude planos do irmão em se tornar presidente dos EUA
Mas a proposta de tornar a América mais saudável não é novidade nem para Richard e nem seus irmãos. “O assunto saúde sempre esteve presente em nossas conversas”, disse. Os três irmãos, Richard, Rod e Ronaldo, de 44 anos, são filhos de santistas e com uma avó que era uma “cozinheira de mão cheia. Ela chegou a cozinhar para os jogadores do Santos (futebol clube)”, faz questão de ressaltar Richard. “Aprendemos a ser saudáveis desde cedo”. Rod fazia musculação e sentia falta de lugares onde comer comidas saudáveis. Há mais de 20 anos, isso era algo mais difícil de encontrar. Foi aí que teve a ideia de abrir um restaurante dedicado a comida saudável, contando com a ajuda da mãe na cozinha. O Muscle Maker Grill foi aberto há 20 anos e, hoje, conta com 60 lojas em 11 estados, dois deles na Flórida, em Tallahassee e Deerfield Beach.
“Sei que é difícil ganhar, mas o mais importante é tocarmos nesse tema da saúde, algo que nenhuma campanha tem falado”, disse Richard, que pretende se envolver na campanha. Família Rod e Richard contam que a vida de sua família nos EUA começou quando o pai veio em busca do “American Dream”, aos 17 anos de idade. “Nosso pai era engenheiro e alcançou todos os sonhos. Ele pôde nos dar uma boa educação. Eu estudei medicina, o Rod e Ronaldo estudaram business”, relata Richard. Mas a questão da saúde virou mais que pessoal para os irmãos depois que o pai deles morreu aos 62 anos, vítima de um ataque do coração, em New Jersey. A sua morte veio aproximadamente sete anos depois que Rod abriu o primeiro Muscle Maker Grill. “Quando vi meu herói, que vivia o sonho americano, morrer daquele jeito, pensei que teria que haver outra forma. Foi aí que comecei a minha jornada”, conta Rod.
Hoje, mais do que nunca, ele se dedica à vida saudável, assim como a sua família. Sua esposa é dedicada ao Cross Fit, sua filha de 13 anos é ginasta e o filho é 8 segue a tradição brasileira de jogar futebol. “Ele é um atacante incrível”. Entrevista: Conheça mais sobre Rod Silva, o candidato filho de brasileiros
Rod Silva acredita que a saúde preventiva está no centro das soluções do país. Gazeta - Quando você decidiu concorrer à presidência? Rod Silva - Quando começou a época de eleição e nenhum dos candidatos, de ambos os lados, abordou o maior problema que enfrenta a nossa nação: a saúde. Tenho ficado extremamente frustrado ao assistir os candidatos falarem sobre todos os assuntos, exceto a saúde física e mental da América, que são questões muito importantes, se não as mais importantes. Meu objetivo é simples: ajudar a América a ficar saudável novamente. Gazeta - Do que você precisa para ter seu nome na cédula de votação? R.S. - Cada estado tem exigências diferentes - por isso o nosso objetivo principal agora é reunir voluntários que possam nos ajudar a espalhar a ideia e assinar petições que nos ajudarão a ser adicionados às cédulas em cada estado. Pessoas que acreditam em nossa missão também podem entrar em contato com o escritório eleitoral local e pedir que Rod Silva seja adicionado às cédulas como candidato independente. Gazeta - Por que está concorrendo como independente? R.S. - Eu decidi concorrer como um candidato independente, o que permite que eu tome decisões que eu acredito que sejam melhores para os americanos, e não para o partido. Eu sou um estranho em Washington e por isso não estou sob nenhuma obrigação de fazer acordos em troca de favores políticos. Além disso, acho que a minha força é não ter experiência na política. Mas posso ajudar esta nação ao torná-la saudável novamente. Além disso, sou um empresário bem sucedido e um líder. Gazeta – Com que frequência você vai ao Brasil e como mantém contato com suas raízes? R.S. – Meus pais são de Santos. Muitas vezes, nós visitamos a nossa família e sempre me lembro da TV Globo ligada. No entanto, depois da morte de meu pai e quando a saúde de minha mãe começou a diminuir, não voltei mais tanto quanto gostaria. No entanto, está sempre em meu coração, apesar de meu português enferrujado. Gazeta - Então a ideia principal em sua campanha é fazer com que a América seja saudável novamente, certo? O que você faria para alcançar esse objetivo? R.S. - Precisamos começar com uma melhor educação em relação à saúde e continuar com a reforma da saúde. Nós precisamos ter uma abordagem mais pró-ativa para a prevenção ao invés de uma postura reativa - e as empresas farmacêuticas precisam começar a seguir o exemplo. Temos que colocar o setor privado atrás da prevenção. Viver é ter um estilo de vida saudável, e não ficar esperando tratamento quando as pessoas ficam doentes. Os números e estatísticas são surpreendentes e falam por si só: • O colesterol alto é a principal causa de morte nos Estados Unidos e afeta cerca de 71 milhões de adultos americanos (CDC); • 20 estados têm uma taxa de obesidade de 30% ou superior, o que continua aumentanto a cada ano (State of Obesity in America); • 86 milhões de residentes norte-americanos com 20 anos ou mais têm pré-diabetes (American Diabetes Association); • A pressão alta custa $46 bilhões à nação, o que inclui o custo dos serviços de saúde, medicamentos para tratar pressão alta, e perda de dias de trabalho - de acordo com (CDC). Não deveríamos estar tratando das complicações quando elas surgem, devemos ter uma abordagem preventiva. Nós faremos a América saudável novamente. Michelle Obama foi uma embaixadora fantástica nessa causa e eu a aplaudo. Mas, realisticamente, nem sequer arranhamos a superfície. Há muito trabalho a ser feito - e educação nutricional é o ponto principal. Gazeta - O que você pensa sobre o Affordable Care Act? R.S. - Eu acredito que a chave é tornar a América saudável novamente - se educarmos os americanos e reorientarmos o nosso setor privado, nossa nação ficará saudável novamente – o que vai diminuir os custos exorbitantes de saúde, tornando-a mais acessível para todos. Isso é parte da meta. Gazeta – O que pensa sobre a reforma da imigração? R.S. - Como você sabe, eu sou filho de imigrantes brasileiros. Minha família veio para a América em busca do sonho americano. Isso foi uma grande influência para mim. Não importa quem você é, se você acredita em algo e trabalha duro, você pode fazer a diferença. Alguns candidatos fizeram declarações sobre “o envio de pessoas de volta a seus países” e “construir um muro”. Eu sinto que não é essa a questão – mas sim seguir os canais adequados para se tornarem cidadãos americanos de maneira legal. Para as pessoas que entraram ilegalmente, a questão é complicada. Precisamos tentar tratar as pessoas de forma justa com o propósito do que é melhor para a América. Imigrantes construíram esta grande nação, e eles têm um monte de pontos positivos para adicionar à nossa cultura - mas como tudo na vida, há um processo que precisa ser seguido da maneira certa. Voluntários interessados podem se inscrever no site: www.RodSilva2016.com.
