O filho da americana infectada com ebola e transferida para os Estados Unidos disse que ela está melhorando. “Seus olhos brilham ela está sorrindo e, inclusive, brincando”, disse Jeremy Writebol à rede de televisão “NBC”. Ele acrescentou que os médicos lhe disseram que estão cautelosamente otimistas sobre sua recuperação.
Nancy Writebol, de 60 anos, foi retirada de Monróvia, na Libéria, na semana passada, e levada a uma unidade especial de isolamento do hospital universitário de Emory, em Atlanta.
Writebol e seu compatriota, o doutor Kent Brantly, de 33 anos, estão entre as mais de 1.700 pessoas que se infectaram com o recente surto do vírus do ebola, que desde março matou mais de mil pessoas. Brantly disse, em um comunicado, que está se fortalecendo a cada dia. Ele disse ainda que assim que começou a sentir os sintomas, ainda na África, se isolou e esperou o resultado do teste.
Ambos receberam uma dose de um medicamento experimental chamado ZMapp. Writebol estava em piores condições que Brantly no momento de sua chegada, mas desde então melhorou. Seu filho declarou que pode vê-la duas vezes ao dia.
Devido às preocupações sobre o contágio, pode vê-la apenas através de um vidro, enquanto médicos e enfermeiras a tratam protegidos da cabeça aos pés.
O marido de Writebol, David, retornou aos Estados Unidos da Libéria no dia 11. Ele permanece isolado e sua temperatura é medida várias vezes ao dia para detectar sinais de febre.
O vírus do ebola infectou e matou pessoas em Guiné, Serra Leoa e Libéria, e em menor medida na Nigéria, segundo o último balanço da OMS, do dia 11.
Por enquanto, não há nenhuma cura ou vacina contra o ebola, que é transmitido por contato direto com o sangue e os líquidos biológicos de pessoas ou animais infectados.
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após o contágio, causando febre, dor muscular, vômitos, diarreia e em certas ocasiões sangramento interno ou externo.