Embora a ordem executiva do presidente Barack Obama exclua indocumentados beneficiados de planos de cobertura de saúde do governo federal, a Califórnia está trabalhando para inclui-los em um programa de saúde do próprio estado. As informações são da Associated Press.
Imigrantes de baixa renda que estão do Deferred Action já se qualificam para o Medi-Cal, uma versão do estado para o Medicaid.
Grupos de apoio a imigrantes e pessoas ligadas a programa de expansão do acesso à saúde estão festejando a recente ordem executiva do Obama, pois isso poderá expandir ainda mais o acesso à saúde no estado.
Anthony Wright, diretor executivo do Health Acess Californica, disse que ao permitir que esse grupo maior tenha acesso ao programa estadual aumentará a prevenção e diminuirá os tratamentos de emergência.
O Departamento de Serviços de Saúde da Califórnia, no entanto, ainda tem de receber orientação formal. Um oficial do estado disse que é muito cedo para dizer como o programa de imigração terá impacto sobre o Medi-Cal, que está consumndo uma parte crescente dos recursos do Estado.
Medi-Cal é um programa de saúde para os pobres pagos pelo governo federal e estadual. Com a reforma da saúde, o programa teve um aumento de aproximadamente 3 milhões de pessoas e agora abrange mais de 11 milhões de californianos, cerca de 30% da população do estado. O governo federal está pagando pela expansão, mas o Estado acabará pagando 10% dos custos adicionais para cobrir adultos de baixa renda, muitos dos quais não têm filhos. De acordo com o Center for American Progress, uma organização em Washington, DC, a ação do presidente tira a ameaça de deportação de até 1,2 milhão de imigrantes que vivem ilegalmente na Califórnia. Há uma estimativa que 2,6 milhões de pessoas que vivam ilegalmente no estado. Gabrielle Lessard, uma advogada da política de saúde do Natrional Immigration Law Center, disse que ainda levará meses para que imigrantes possam se inscrever para o programa e que nem todos irão entrar com pedidos para o Medi-Cal. Ao contrário das críticas, ela disse que é pouco provável que os imigrantes sobrecarregem o sistema, já que muitos poderão obter cobertura de saúde através do trabalho ou escola.