Melhores do mundo do vôlei de praia voltam a Fort Lauderdale

Por Daniel Galvão

Bruno, à esquerda. Foto: Marcio DaSilva.

Campeões olímpicos no Rio de Janeiro e vivendo o melhor momento de suas carreiras, Bruno e Alison querem mais. A dupla brasileira de vôlei de praia segue jogando em alto nível e volta à Fort Lauderdale onde será realizado entre os dias 7 e 12 de fevereiro, a etapa de abertura da Swatch FIVB World Tour, no qual foram campeões na última edição, em 2015.

A competição no Sul da Flórida terá a presença de 32 atletas profissionais, entre eles as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst, e 18 partidas ao todo, com a abertura marcada para a terça-feira, 7, a partir das 5:30pm, no Fort Lauderdale Beach State Park (1100 Seabreeze Blvd, Fort Lauderdale, FL 33316).

O Swatch Beach Volleyball Major Series contará ainda no masculino com as duplas brasileiras Ricardo e Harley, Álvaro Filho e Saymon Barbosa, Pedro Solberg e Guto Carvalhaes, Evandro e André Loyola. No feminino, as brasileiras Elize Maia e Taiana Lima, Larissa e Talita, Barbara Seixas e Fernanda, Agatha e Duda, e Josi Alves e Lili.

O evento de cinco dias é totalmente gratuito, com algumas opções de ingressos para espaços VIP com uma visão mais privilegiada e serviço de catering. Após a realização do campeonato na Flórida, o Swatch Major Series continua em tour por outros países, durante o verão de 2017.

Para mais informações e conferir a programação completa, acesse swatchmajorseries.com.

Entrevista com o campeão olímpico Bruno

Gazeta – Em 2014 você formou dupla com Alison, um jogador bem mais experiente e que já tinha feito história ao lado de Emanuel, o maior vencedor da modalidade. Qual o peso da responsabilidade de agora ser referencial para a nova geração do vôlei de praia?! Bruno - Sem dúvida é um peso, mas algo que faço com muito orgulho, com bastante carinho e atenção, pois sei como é importante para as novas gerações. E nada mais gratificante do que virar referência na sua profissão.

Gazeta - No Rio, no ano passado, como foi a experiência de jogar as Olimpíadas em casa, com a torcida gritando? Mais pressão ou apoio? Bruno - Foram os dois com a mesma intensidade, pois da mesma maneira que o povo brasileiro torce, ele cobra também, mas era algo que eu e Alison já estávamos lidando desde 2015. Se criou uma expectativa muito grande em torno dessa Olimpíada em casa. Não foi fácil de maneira alguma, mas o final foi o mais compensador possível.

Gazeta - O vôlei de praia tem se popularizado bastante no Brasil de alguns anos para cá. Mas, na sua opinião, o que poderia ser feito para garimpar novos talentos anônimos Brasil afora e gerar novos campeões?! Bruno - Circuito Brasileiro. Falo isso porque foi onde eu me criei. Foi onde eu me interessei pelo esporte, onde eu pude pensar em uma carreira e pra mim é o diferencial que o Brasil e o EUA têm em relação ao resto do mundo. Temos um circuito nacional forte e é a melhor maneira de revelar atletas.

Gazeta - A comunidade brasileira no Sul da Flórida é apaixonada pelo esporte e deve lotar a arena novamente durante a competição. O que os brasileiros podem esperar do torneio e da atuação da dupla?! Bruno - Jogar na Flórida é demais! A comunidade brasileira é muito forte. Tivemos uma experiência muito boa na edição passada. Para mim, não há lugar melhor de fazer ou de jogar nos EUA do que a Flórida. Podem esperar Alison e Bruno como sempre: aguerridos e querendo vencer sempre. Esse é o nosso segredo!

Gazeta - Depois da etapa na Flórida, quais os grandes desafios da dupla em 2017?! Bruno - Sem dúvida nenhuma a Copa do Mundo, torneio de 2 em 2 anos muito importante para gente, e o Circuito Mundial. Queremos sempre buscar nossa melhor forma possível. Isso é que nos ativa acima de tudo.

Gazeta - Quais os adversários hoje que são os mais fortes e merecem mais atenção e preparação?! Bruno - Todos (risos), mas sem dúvida os times novos. As duplas brasileiras são todas novas, só eu e Alison que mantivemos. Os americanos, como sempre, merecem atenção.

Gazeta - Aliás, por falar em preparação, as partidas sob sol forte e na areia fofa são para lá de desgastantes. Como é o antes e o depois dos jogos? Bruno - Exato, é por causa disso que nos preparamos com bastante cuidado. O vôlei de praia é cruel nesse aspecto e não tem substituição como no indoor. Mas essa é a graça do vôlei… Estamos sempre nos hidratando ao máximo, não tem segredo!