Menina brasileira com tumor raro viaja aos EUA para cirurgia

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_132797" align="alignleft" width="165"] O tumor aumentou muito de 2014 até hoje, e impede a garota de se alimentar e ter uma vida normal. Foto: facebook Carol Emanasses Braga.[/caption]

Uma criança brasileira, Melyssa Braga, de 3 anos, possui um tumor raro e agressivo de câncer no rosto e pescoço. Chamado fibroma desmóide, a menina luta contra a doença desde um ano e dois meses.

O tumor atinge a parte inferior da cabeça e o pescoço de Melyssa. De 2014 pra cá, o tumor conhecido piorou, causando grande inchaço e complicando a saúde de Melyssa.

Os pais da menina buscaram tratamento em São Paulo desde o início, porém, sem sucesso. Com a divulgação do caso nas redes sociais, um médico brasileiro que trabalha nos EUA se interessou em ajudar e conseguiu a cirurgia para a menina.

Após campanha na internet para arrecadar fundos para a viagem e o tratamento nos EUA, a família, que mora em uma comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, viajou ontem, sexta-feira, 9, e chegaria na manhã deste sábado, em Lousiana.

A operação está marcada para 20 de dezembro, no hospital LSU Health Shreveport, em Louisiana. Os médicos são especialistas em tumores grandes e em pescoço e cabeça.

Além da cirurgia, o hospital também ofereceu um apartamento para que a família se hospede durante todo o tratamento da criança.

O pai de Melyssa, Manassés Braga, de 25 anos, trabalha no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e conseguiu uma licença para acompanhar a filha.

Amigos de trabalho fizeram uma vaquinha e arrecadaram o dinheiro suficiente para comprar passagens para Manassés, a mãe, Caroline Braga, a menina Melyssa e o outro filho do casal.

Tumor desmóide

A doença de Melyssa foi descoberta pelos pais em 2014, durante uma brincadeira com a filha, quando perceberam um nódulo em seu pescoço.

Foram ao médico imediatamente e, sem exames, receberam o diagnóstico de íngua e indicação de tratamento. Após idas e vindas ao pronto socorro do convênio, exames, tomografias e médicos especialistas, a mãe, levou a filha na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e lá foi constatado o tumor.

A menina foi submetida a umtratamento com anti-hormônio, que durou cerca de dois meses. Sem o resultado esperado, deram sequência com quimioterapia durante três meses. “Mas com a imunidade baixa, e pouco resultado, os médicos constataram que Mel não poderia receber mais sessões da medicação”, explicaram os pais ao G1.

“A última que ela tomou foi em maio de 2015. Ela estava com imunidade zero, com os glóbulos brancos baixos. Ela foi internada duas semanas, porque o organismo dela não estava mais aguentando”, contou a mãe.

Com a saúde debilitada e os medicamentos não surtindo efeito, os pais optaram por não realizar a cirurgia no Brasil, que, segundo os médicos, seria arriscada e com alta chance de morte para a criança.

Recentemente, a família voltou a repensar uma cirurgia, depois que o quadro piorou devido a uma ferida que apareceu no rosto dela e a pele não conseguiu conter, e está forçando a gengiva para dentro.

Segundo informações postadas pela mãe na rede social, a família chegaria na manhã deste sábado, 10, em Lousiana.