Mensagem de áudio é atribuída a Bin Laden.

Uma mensagem de áudio que foi publicada neste domingo(22), atribuída ao líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, reprova o corte financeiro realizado pelos países ocidentais ao governo palestino liderado pelo Hamas [grupo terrorista e partido político].

Confira os principais trechos da mensagem:

"A oposição [dos EUA e da Europa] à vitória do Hamas prova que eles estão empreendendo em luta contra o islã. (...) As sanções impostas pelo Ocidente ao governo do Hamas prova que há uma cruzada sionista contra o islã".

"Qualquer tentativa de retomar nossos direitos e punir a opressão israelense será punida pelos comandantes da aliança sionista, que usam o que eles chamam de "direito de veto". Isso mostra seu ódio também contra o Hamas."

"Essa cruzada internacional possui cinco cadeiras permanentes [no Conselho de Segurança da ONU]. Os Estados Unidos e a Europa representam os cristãos protestantes, a Rússia representa os cristãos ortodoxos, a França representa os cristãos católicos e a China representa os budistas. Mas o mundo islâmico é composto por 57 países e representa 20% da população mundial (...) e não temos cadeira no Conselho de Segurança."

"A ONU é uma comissão de infiéis, e qualquer pessoa que concordar com suas decisões é um infiel. Ela é apenas uma ferramenta para implementar a cruzada sionista contra os muçulmanos."

"Vocês [não-muçulmanos] insultam nosso povo quando seus aviões e tanques destróem nossas casas nos territórios palestinos, no Iraque, no Afeganistão, na Tchetchênia e no Paquistão. Depois, vocês sorriem e dizem que não são contra o islã, mas contra os terroristas. Vocês insistem em prosseguir com sua campanha contra nosso povo, ocupando nossos países e roubando nossos recursos".

"Muçulmanos e seus seguidores no Sudão e na península árabe deveriam se mobilizar para conduzir uma longa guerra contra os cruzados no oeste do Sudão (...) Nosso objetivo é claro, defender o Sudão, seu território e seu povo, e não o governo de Cartum. Mesmo que tenhamos interesses em comum, temos uma grande disputa com o governo sudanês."