Metade dos americanos apoia legalizar o uso da maconha

Por Gazeta News

Uma pesquisa Gallup revela que a metade dos americanos é favorável à legalização da maconha. É o maior índice já registrado, o que pode aumentar a pressão pela alteração das leis sobre a droga nos Estados Unidos.

O estudo mostra um apoio maior à legalização entre liberais e entre menores de 30 anos - mais de 60% em ambas as categorias. Entre os maiores de 65 anos, só 31% aprovam a legalização.

“O apoio à legalização da maconha tem crescido ao longo dos últimos anos, chegando a 50% hoje, o máximo já registrado”, disse o sumário da pesquisa.

Para 46% dos entrevistados, a maconha deve continuar proibida. “Se esta tendência atual de legalizar a maconha continuar, a pressão pode crescer até que as leis da nação sejam colocadas em concordância com os desejos das pessoas”, disse o sumário.

O Gallup diz que o apoio à legalização passou de apenas 12% em 1969 para 30% em 2000 e 40% em 2009. No ano passado, outra pesquisa do instituto revelou que 70% dos americanos eram favoráveis a permitir que os médicos pudessem receitar a maconha como analgésico.

Em 1996, a Califórnia se tornou o primeiro Estado americano a descriminalizar o uso médico da maconha. Vários outros Estados fizeram o mesmo desde então, mas as leis federais continuam classificando a erva como um narcótico ilegal.

Outra pesquisa, divulgada no mês passado, mostrou que a maconha está se tornando cada vez mais a droga preferida dos jovens adultos nos Estados Unidos. Quase 7 por cento dos americanos com 12 anos de idade ou mais disseram tê-la usado em 2010.

A pesquisa divulgada, no dia 17, mostrou que os eleitores democratas são mais propensos que os republicanos a apoiarem a legalização (57-35%). Os homens também são mais favoráveis do que as mulheres (55-46%).

No Oeste, Meio-Oeste e Leste dos EUA, mais de metade dos entrevistados apoiam a descriminalização. No Sul, o índice cai para 44 por cento.

A pesquisa telefônica ouviu 1.005 adultos entre os dias 6 e 9 de outubro, e tem margem de erro de 4 pontos percentuais.