Meu Novo Vício: Séries!

Por Silvana Mandelli

Demorei. Demorei muito prá entrar na febre das séries do Netflix e Prime. Mas entrei de cabeça. Acabo de ver a terceira série completa. Primeira que assisti foi uma bem água com açúcar: Good Witsch. Muito leve, gostosa, bem vida americana, me fazia dormir nas nuvens. Nesta série tive disciplina. Via um ou dois capítulos de 50 min utos, todas as noites. Depois veio a serie turca Seyit e Sura prá mudar para sempre minha rotina. [caption id="attachment_189724" align="alignright" width="196"] Kivanc Tatlitug .[/caption] Fala sério… ator mais lindo que já vi num filme, série propaganda ou seja lá o que for. Fiquei com síndrome de abstinência quando a série terminou Kivanc Tatlitug ( nunca vou conseguir gravar este nome) Comecei a assistir disciplinadamente, porém chegou num ponto que me apaixonei tanto pela história que queria mais, mais e mais. E veio a overdose. A história tinha tudo que eu gosto história, época, amor, música, paisagens lindas, lugares maravilhosos, amor, amizade. Mas só isto não segura uma série. Então tinha também as traições, os desencontros, as dúvidas, que muitas vezes me fizeram dormir angustiada, mesmo sabendo que era apenas um filme. Acho que aí está o valor de um filme bem feito parecer real. Claro que a cereja do bolo desta séria é o ator que é lindo de morrer. Fiquei com síndrome de abstinência quando terminou e foi uma série de impor respeito: 46 capítulos. Como me apaixonei pela séria turca (sempre gostei de filmes estrangeiros e como filme estrangeiro entendo filme que não seja americano) resolvi olhar outra achada ao acaso como foi Seyit e Sura. Li a sinopse e pensei que Intersection poderia ser legal. O primeiro capítulo já te deixa grudada na cadeira, porque as coisas acontecem de uma maneira, que eu pelo menos, não imaginava. Ai fui olhando mais um, mais um. No terceiro estava presa. Uma amiga disse que parou no terceiro por causa do núcleo da garagem. Também não gostei e pulava. Não fez muita falta. Comparo aquele núcleo ao núcleo do Nanini na Dona do Pedaço. Um saco e era para ser a parte leve da trama. Adoro histórias de amor, de família e esta trata basicamente da história da família Karasu em Istambul. A trama se passa na Turquia, mas a história não começa lá, começa na Itália. Naz, uma médica pediatra está no país para participar de uma conferência, quando ela cruza o caminho de dois turcos, o viril Ali Nejat Karasu e seu amigo Ayham (um querido) e acaba salvando a vida de um deles. A partir desse momento, suas vidas permanecem constantemente ligadas. O milionário Ali Nejat de cara se interessa por Naz, mas logo descobre que ela é casada com o mecânico Umut, por causa disso ele acaba “deixando para lá”, sem realmente deixar, saca? É mais que visível que ele continua interessado nela. Fiquei um pouco assustada quando uma amiga me disse que já havia visto e que o final é muito ruim. Acho que isto me fez ficar ainda mais grudada na série porque queria saber o que era o conceito de ruim que ela havia falado. Analisando sem fanatismo, achei a história incrível(cinco Emmy Awards), mas muitas vezes os temas eram levantados mas não concluídos e algumas cenas achei muito forçadas. Mesmo o final dá a impressão que ainda há espaço para continuação(odeio filme que não conclui e dá o ponto final), o que parece que não é real, porque pesquisei e não fala nada sobre isto. Também fiquei confusa porque na Internet fala em onze temporadas , porém acho que vários episódios foram consolidados. Agora lendo os reviews é de morrer de rir. Num deles fala qe Ali Nejat, o ator principal deveria se tratar antes de se relacionar com outra mulher. E é verdade. Que decepção. Apesar dele ser bonito, como ator deixa muito a desejar. Sempre a mesma cara. [caption id="attachment_189723" align="alignleft" width="338"] O garotinho Kaan.[/caption] A grande revelação da série é o garotinho Kaan ( nome do personagem). Ele tem muitaaaaaaaaaaaaas falas e convence. É impressionante! Mas depois desta trama complexa tem que ir direto prá terapia. Como a série é turca, claro que tem muito das suas crenças e tradições. E como acho que sou ignorante quanto a isto. Se você espera muito beijo por ser história de amor, esqueça. Os beijos são comedidos, na testa… como boa brasileira acho que as vezes falta aquela “pegada”. Nos primeiros treze episódios, de duas horas e meia cada um , não rolou um beijo entre o mocinho e a mocinha. Eu tava tendo ataques. As cerimônias de sepultamento ( e tem as pampas na série) também são bem diferentes. Já havia observado na série Seyit e Sura. O corpo é enrolado num pano branco e vai num caixão de madeira bem simples. No momento do sepultamento o corpo é tirado do caixao e colocado diretamente na terra. Também me chamou a atenção a forma de orar. Colocam as palmas das mãos para cime e depois passam as mãos pelo rosto. O respeito aos mais velhos é evidente e comovente. Pegam a ponta dos dedos e levam a mão da pessoa mais velha a encostar na testa. A primeira temporada o audio era em turco, com legenda em inglês. Mas na segunda havia a opção para espanhol. [caption id="attachment_189720" align="alignright" width="323"] A fachada não retrata a beleza da casa.[/caption] Ah outra coisa que me chamou a atenção foram duas referências a cultura brasileira. Numa determinada cena, um personagem que tem o cabelo bem crespinho disse que iria alisar porque a mulher brasileira não gostava de cabelo crespo e noutra o personagem se refere as novelas brasileiras. O que me encantou também foram as casas. A do pai do Ali Nejat era uma mansão toda coberta de hera e a dele uma casa de vidro. Deslumbrante, mas meio difícil para viver. A fachada não retrata a beleza da casa com a luminosidade e integração com o ambiente.. Em resumo, recomendo a série, apesar de não ter fluído como eu imaginava e queria. A personalidade e o carisma da Naz, a médica, para mim era fundamental. Não gostei do que aconteceu.