México não aceitará indocumentados que esperam asilo nos EUA

[caption id="attachment_138348" align="alignleft" width="266"] Fronteira entre Estados Unidos e México. Foto: US Border Patrol.[/caption]

Imigrantes indocumentados de outras nacionalidades que são enviados ao México pelos Estados Unidos enquanto aguardam a tramitação de pedidos de asilo americano, não serão mais aceitos pelo governo mexicano.

O secretário de Governo do México, Miguel Ángel Osorio, afirmou durante a reunião realizada no dia 23 de fevereiro na Cidade do México, que o país não pode receber essas pessoas e que repassou claramente essa mensagem aos secretários de Estado, Rex Tillerson, e Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kelly.

"Não vamos recebê-los. Eles não podem deixá-los na fronteira porque teremos que rejeitá-los, não há possibilidade que sejam recebidos por parte do México", reforçou o secretário de Governo. Osorio citou os 3.675 haitianos que estão nas cidades de Tijuana e Mexicali, no estado da Baixa Califórnia, no noroeste do país. "Eles não querem um processo de refúgio conosco, mas sim com os EUA. Estão lá porque havia um pré-acordo que eles passariam para os EUA, mas hoje não há mais. Estamos vendo como enviá-los de volta ao seu país de origem", explicou. Para poder ficar nos EUA, muitos imigrantes da América Central entram com pedidos de asilo, alegando que sofreram perseguição e que temem por suas vidas, por exemplo, devido à ação de gangues que recrutam jovens e exigem pagamento de impostos nas regiões controladas por elas.

Ainda sobre a questão da fronteira EUA x México, o presidente Donald Trump voltou a afirmar que a construção do muro na fronteira com o México vai começar antes do previsto e defendeu o plano de reforçar o controle migratório para expulsar do país as "pessoas más".

Trump disse que não há motivo para preocupação, porque “de fato, começaremos em breve, antes do previsto", ressaltou o republicano durante discurso no evento anual da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), o principal encontro dos republicanos nos EUA, na última sexta-feira, 24.

Com informações da EFE.