Milhares de pessoas vão a funeral de Abu Samhadana.

Por Gazeta Admininstrator

Mais de 10 mil pessoas compareceram ao funeral de Abu Samhadana em Rafah nesta sexta-feira(9). Na multidão, encontravam-se alguns líderes do grupo extremista Hamas, que lidera o governo palestino desde que venceu as eleições parlamentares de 25 de janeiro último, como o porta-voz Sami Abu Zuhri e o ministro do Interior, Saed Siam.

Abu Samhadana, 43, líder de uma nova força de segurança do Hamas na faixa de Gaza, foi morto durante um ataque aéreo contra um campo de treinamento de extremistas em Gaza.

Ele era suspeito de ter comandado vários ataques com foguetes contra Israel e de ter cometido um atentado contra um comboio do Exército dos EUA na faixa de Gaza, em 2003.

Outros três integrantes do PRC tambémforam mortos nessa ação militar e dez ficaram feridos.

Em nota divulgada, o grupo prometeu vingar a morte de Abu Samhadana. "Os sionistas e Israel abriram as portas do inferno com o assassinato de Abu Samhadana", disse o porta-voz do PRC, Abu Abir. "Os sionistas e seus assentamentos em Gaza não se sentirão mais seguros. Nossos foguetes irão chover contra os sionistas e nossos heróis irão se explodir contra seus corpos".

Nova escalada de violência

A morte de Abu Samhadana, um dos mais relevante chefes do PRC na faixa de Gaza, pode levar a uma nova escalada de violência entre Israel e a ANP (Autoridade Nacional Palestina), inclusive engajamento direto do Hamas em ações terroristas contra Israel.

"Este é um ato criminoso e os palestinos têm o direto de responder a ele de todas as maneiras", afirmou Khaled Abu Hilal, porta-voz do Ministério palestino do Interior. "Abu Samhadana pagou com sua vida pela liberdade e dignidade de seu povo."

De acordo com o secretário de gabinete, Ghazi Hamad, Israel "sabe que Abu Samhadana trabalha para o governo e, com sua morte, envia uma mensagem de que todos os membros [do governo palestino], desde o premiê até todos os funcionários, são alvos em potencial".