Mineiro conta como vivenciou o tornado que devastou Joplin, em Missouri

Por Gazeta Admininstrator

O estudante brasileiro de International Business na Misouri Southern State University, Rafael Silva, de 26 anos, conta como foi vivenciar o tornado que devastou a cidade no dia 22, deixando ao menos 116 mortos, segundo autoridades.

Silva estava trabalhando no campus da universidade quando o tornado atingiu a cidade, que tem cerca de 50 mil habitantes.

“Quando o tornado tocou o chão, estava mais ou menos a uns 400 ou 500 metros de onde eu trabalho. Aí foi assutador, porque você não sabe a direção que ele vai tomar. Felizmente, ele foi para o outro lado”, conta Silva que é natural de Brasópolis, em Minas Gerais. Ele explica que ficou sabendo da área onde o tornado tocou o chão porque uma colega recebeu a informação por mensagem no celular.

Rafael lembra que as sirenes de alerta começaram a soar por volta das 17h 30min no horário local. “Ficamos assustados, mas como sempre toca o alarme você nunca imagina o que vai acontecer realmente. Quando as luzes começaram a piscar, olhei lá fora e vi que metade do céu estava preto e a outra metade, clara. Pensei: ‘isso não é normal’”, afirma.

Ele e outros funcionários se dirigiram ao abrigo do edifício em que estavam, e só saíram de lá por volta das 18h 30 min.

“Depois fui com outro amigo brasileiro tentar chegar ao local [mais devastado] e ver se precisavam de ajuda, mas havia muito trânsito. Estava ficando escuro porque desligaram a eletricidade da cidade para não correr risco de explosão. O cheiro de gás estava muito forte por lá”, relata o estudante. “O [supermercado] Walmart em que eu fazia compras, a cerca de 1,6 km do meu trabalho, ficou completamente destruído.”

No dia seguinte, o brasileiro chegou a ajudar como voluntário na universidade, que montou um acampamento em um ginásio para receber os desabrigados. “Hoje de manhã eu estava ajudando a inscrever mais pessoas que querem ser voluntários e também recebendo telefonemas, [há] muitas pessoas ligando pra saber dos parentes”, afirma.

“Está todo mundo envolvido, muita gente está vindo também de outras cidades para ajudar, comprando comida, água, e levando para as famílias”, relata. Segundo ele, as aulas da universidade que estavam programadas para voltar na segunda-feira, dia 23, foram adiadas por conta da tragédia.

Destruição em um minuto

Silva contou também do relato que ouviu na noite de domingo, ao passar em um comércio local com o amigo brasileiro. “Um homem falou que, quando aconteceu, ele pegou a família toda e foi para o banheiro da casa. E da casa inteira, só o banheiro não foi destruído. Ele disse que foi muito rápido, em questão de um minuto a casa estava toda destruída”, relata.

Para comentários e sugestões: CLIQUE AQUI

Para ler a versão completa do Jornal Gazeta Brazilian News CLIQUE AQUI