Ministério Público recebe relatório e amplia investigação.

Por Gazeta Admininstrator

Novos pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares podem ser encaminhados ao Supremo Tribunal Federal até a próxima semana, com base nas investigações conduzidas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas. A informação foi dada nesta quarta-feira (16) ao presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Biscaia, que entregou o relatório parcial ao procurador, destacou que as investigações conduzidas pela CPMI podem colaborar também nos processos contra parlamentares já em curso no âmbito do STF. "Esse trabalho irá instruir os 57 inquéritos já instaurados", disse Biscaia. "Agora não é questão relacionada com ação parlamentar. Aqui é prática de conduta criminal que está sob responsabilidade do procurador-geral da República", concluiu.

O relatório parcial da CPMI, que foi entregue ao procurador, pede a abertura de processos por quebra de decoro parlamentar contra 72 parlamentares. A assessoria da Procuradoria-Geral da República informou que os novos pedidos de abertura de inquérito ao STF devem ocorrer até a próxima semana.

Prefeituras
O grande número de prefeituras envolvidas com a máfia das ambulâncias é o novo desafio da CPMI das Sanguessugas. Dados da Controladoria-Geral da União (CGU), incluídos no relatório parcial, apontam que o esquema envolveu quase 600 administrações municipais.

Esse volume preocupa o procurador-geral da República, que, segundo Biscaia, defende um trabalho conjunto para a condução das investigações. "Ele [o procurador] falou que, pelo grande número de prefeituras envolvidas, o trabalho terá alguma dificuldade. Por isso, ele quer um entrosamento não só com a CPMI, mas principalmente com a CGU."

O envolvimento de prefeituras é um dos focos das atuais investigações conduzidas pela CPMI. O procurador-geral da República afirmou a Biscaia que tem recebido provas consistentes que evidenciam o envolvimento de prefeitos com o esquema de corrupção desmontado pela Operação Sanguessuga.

Agência Câmara