Ministro responde aos ataques de Morales e afirma que Petrobras está dentro da lei.

Por Gazeta Admininstrator

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, respondeu nesta sexta-feira (12) aos ataques do presidente boliviano, Evo Morales, que disse que a Petrobras atuaria na Bolívia de maneira ilegal.

"Não só na Bolívia como em todos os outros países em que ela [a Petrobras] atua, ela atua de uma forma legal. É um cuidado inalienável de orientação da empresa, da Petrobras", disse o ministro.

No entanto, Rondeau disse que caberia ao Judiciário ou a uma decisão arbitral (no caso da Corte de Arbitragem de Nova Yorque) julgar essa legalidade. "A questão sobre a legalidade é uma questão absolutamente estéril nesse momento. A quem cabe decidir se é legal ou não é legal é o poder judiciário, ou uma decisão arbitral", afirmou.

O ministro procurou não comentar diretamente as afirmações do presidente boliviano, mas admitiu que "lamentava" e "estranhava" as afirmações, que estariam em "desacordo" com o que se acordou na Bolívia. Durante reunião técnica realizada nesta quinta-feira(11) com a participação da Petrobras e da YPFB, além dos ministros dos dois países, foi retirado um documento com o compromisso de se buscar um ajuste para a situação da estatal brasileira no país e para o valor do gás natural vendido ao Brasil.

De acordo com ele, as declarações desencontradas com o que tem sido negociado no país não contribuem para que se chegue a um acordo. "É uma situação que não ajuda, não constrói", disse Rondea.

Morales disse hoje que a Petrobras operava de modo "ilegal" e "inconstitucional" na Bolívia, e que não haveria motivos para que se pensasse em "compensação" para a estatal brasileira, no processo de nacionalização das refinarias que a empresa tem na Bolívia.