Mórmons planejam construir cidade 10 vezes maior que a Disney na Flórida

Por Gazeta News

cidade mórmon
[caption id="attachment_136884" align="alignleft" width="300"] Templo-sede da Igreja Mórmon em Utah. Foto: The Guardian[/caption]

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é mais conhecida mundo afora como Mórmon. A instituição possui vários terrenos nos Estados Unidos através de subsidiários, com empreendimentos residenciais e comerciais. A relevância da religião no país pode ser medida pela influência que o fundador da igreja, Joseph Smith, exerce no desenho e construção de muitas cidades norte-americanas desde os anos de 1830.

O que pouca gente sabe, entretanto, é que os Mórmons – donos de cerca de 117 mil hectares de terreno na Flórida - planejam construir até 2080 uma cidade que abrigue pelo menos 500 mil pessoas. Medindo cerca de 20 vezes o tamanho da cidade de Manhattan, em Nova Iorque, e é 10 vezes maior do que o parque Walt Disney World Resort, o rancho Deseret, como é conhecida esta área, tem hoje 40 mil vacas. No futuro, os animais e pastos serão substituídos por casas e infraestruturas.

Apesar das críticas que ambientalistas vem fazendo aos planos da igreja, alegando que haverá impactos em todo o estado, sobretudo, em recursos básicos como água, o projeto para a construção já foi aprovado pelo governo local, segundo o jornal The Guardian. Apesar disso, os responsáveis garantem que as obras não irão começar nas próximas décadas.

Desde 1950, a Igreja Mórmon tem comprado terrenos na Florida. No site do rancho (clique aqui), o antigo presidente do Deseret, Gordon B Hinckley, explica que estes terrenos e quintas eram "um investimento seguro onde os bens da igreja podiam sem preservados e aprimorados" e falou dos "recursos agrícolas para alimentar o povo em tempos de necessidade".

Os ambientalistas revelam que a cidade planejada pelos Mórmons vai consumir muita água e danificar territórios que deveriam ser conservados. Eles defendem ainda que durante décadas têm sido feito um esforço para preservar um corredor ecológico que liga o norte e o sul do estado, protegendo os ecossistemas, e que esta urbanização estará "literalmente no centro do corredor".