Moro nega orientação a procuradores do MPF sobre investigação da Lava Jato

Por Gazeta News

De acordo com a gravação, Moro também teria antecipado uma decisão judicial, sugerido recursos que o Ministério Público deveria fazer e dado broncas ao procurador como se estivesse em posição hierárquica superior. Uma das conversas mostra que os procuradores e Moro teriam impedido a realização de entrevistas com o ex-presidente Lula por temer que isso pudesse ajudar o candidato petista à Presidência, Fernando Haddad, nas eleições. Em outra conversa, a quatro dias da denúncia contra Lula no caso do triplex, Dallagnol teria manifestado dúvidas sobre as provas colhidas contra o ex-presidente. Lava Jato: Braskem negocia acordo para delação no Brasil e EUA Moro e Dallagnol ainda trocaram mensagens sobre a divulgação, pelo então juiz federal, de conversas telefônicas interceptadas entre Lula e Dilma Rousseff (PT) quando a ex-presidente decidiu indicar o líder petista para chefiar a Casa Civil, em um dos últimos atos para tentar salvar seu governo, em março de 2016. Em nota enviada pela assessoria, Moro afirma que o conteúdo das mensagens atribuídas a ele não mostram qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação como juiz. Ele diz que as mensagens foram retiradas de contexto. O ministro afirma ainda que a reportagem é sensacionalista e que deveria indicar a fonte que repassou as conversas. Por fim, a força-tarefa do MPF do Paraná informou que hackers invadiram telefones e aplicativos dos procuradores usados para comunicação privada e no interesse do trabalho. Dentre as informações copiadas, possivelmente estão documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais. De acordo com o jurista Wálter Maierovitch, a divulgação da troca de mensagens é grave porque mostra uma 'promiscuidade' no sistema jurídico brasileiro e esse fato pode representar 'nulidade processual'. Com informações da CBN. Maior operação anticorrupção do Brasil, Lava Jato completa três anos Juiz da Lava Jato nega que prisões sejam para garantir acordos de delação