Morre garoto cuja mãe do Iemen lutou contra proibição para entrar nos EUA

Por Gazeta News

Abdullah Hasssan Foto Council on American Islamic Relations, Sacramento Valley via AP
[caption id="attachment_178516" align="alignleft" width="364"] A mãe Shaima Swileh abraça o filho Abdullah Hassan no hospital, em Oakland, na Califórnia. Foto: Council on American Islamic Relations, Sacramento Valley via AP.[/caption] O menino de 2 anos que tinha uma doença terminal e cuja mãe do Iemen lutou em processo contra proibição para entrar nos Estados Unidos , morreu. A família precisou processar a administração Trump para que a mãe pudesse entrar nos Estados Unidos, segundo o Conselho de Relações Americano-Islâmicas. Swileh abraçou seu filho pela primeira vez no hospital 10 dias atrás, quando chegou na Califórnia. Abdullah Hassan morreu na sexta-feira , 28, no Hospital Infantil da UCSF Benioff, em Oakland, para onde seu pai, Ali Hassan, o levou para receber tratamento para um distúrbio genético cerebral. O funeral aconteceu no sábado, 29. Ali Hassan é um cidadão americano que desde outubro veio para os EUA e estava morando em Stockton, Califórnia, com o filho. Ele e sua esposa Shaima Swileh se mudaram para o Egito depois de se casarem no Iêmen em 2016. Swileh não é cidadã americana e permaneceu no Egito enquanto lutava por um visto. Mãe consegue visto para visitar filho que está à beira da morte nos EUA “Estamos com o coração partido. Tivemos que nos despedir de nosso bebê, a luz de nossas vidas”, disse Ali Hassan, segundo o comunicado divulgado pelo conselho. Swileh estava tentando conseguir um visto desde 2017, para que a família pudesse se mudar para os Estados Unidos. Quando a saúde do menino piorou, em outubro, o pai foi para a Califórnia para buscar tratamento para o filho, e Swileh permaneceu no Egito esperando um visto. Enquanto o casal lutava por uma dispensa, os médicos colocaram Abdullah em suporte vital. "Minha mulher está me ligando todos os dias, querendo beijar e abraçar o filho pela última vez", disse Hassan, com a voz embargada ao fazer um apelo público em uma entrevista coletiva no início deste mês. Ele começou a perder a esperança e estava pensando em tirar seu filho do suporte vital para acabar com seu sofrimento. Mas um assistente social do hospital entrou em contato com o Conselho de Relações Americano-Islâmico, que deu entrada no processo em 16 de dezembro, disse Basim Elkarra, diretor-executivo do grupo em Sacramento. Mãe do Iêmen chega aos EUA para ver filho em estado terminal O Departamento de Estado concedeu a Swileh uma dispensa, permitindo sua entrada nos EUA, no dia seguinte. "Com sua coragem, essa família inspirou nossa nação a confrontar as realidades da proibição muçulmana de Donald Trump", disse Saad Sweilem, um advogado do conselho que representa a família. “Em sua curta vida, Abdullah foi uma luz que guiou a todos nós na luta contra a xenofobia e a separação familiar”. Trump deu início a uma série de restrições de acesso aos EUA a cidadãos de 7 países de origem islâmica sob a justificativa de combate ao terrorismo. A medida atinge pessoas que tenham nascido no Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, a Líbia e Somália. Fora do oriente médio estão a Coreia do Norte e a Venezuela que posteriormente foram incluídos no decreto.Com informações da Associated Press.