Morre no Rio o cantor Waldick Soriano

Por Gazeta Admininstrator

O cantor e compositor Waldick Soriano, ícone do estilo brega nas décadas de 60 e 70, morreu aos 75 anos, por volta das 5h30 desta quinta-feira, no Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o último domingo e há dois anos lutava contra o câncer de próstata.

O corpo do cantor deve ser enterrado no Cemitério do Caju, mas ainda não há informações sobre o local do velório e horário.Segundo a assessoria do Inca, Soriano estava numa unidade destinada a pacientes "sem possibilidade de cura". O músico já vinha recebendo atendimento domiciliar desde maio e foi internado após o agravamento da doença.

O baiano Eurípedes Waldick Soriano, que nasceu em Caetité, em 1933, era conhecido como o ícone da música brega. Filho de comerciantes, ele foi tentar a vida em São Paulo, e antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música "Quem és tu?".

O maior sucesso de sua carreira foi a música “Eu não sou cachorro, não” também vieram a se tornar conhecidas outras músicas como "Paixão de um Homem", "A Carta", "A Dama de Vermelho" e "Se Eu Morresse Amanhã".

O cantor lançou 28 discos entre 1960 e 1978. Seu último lançamento foi o CD Waldick Soriano Ao Vivo, gravado em Fortaleza.

A atriz Patrícia Pillar teve sua estréia na direção com o documentário "Waldick - Sempre no Meu Coração", a idéia do média-metragem surgiu quando a voltou a ouvir no rádio a música "Tortura de Amor", de que ela tanto gostava, esse foi um dos maiores hits de Waldick, que chegou a ser censurado pela ditadura militar.

A atriz passou a acompanhar o cantor esporadicamente, com uma pequena equipe de filmagem, a partir de 2005, rodando com ele por shows em cidades do interior cearense e registrando sua volta à terra natal, Caetité, além de uma passagem por São Paulo.