O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desmarcou um evento em prol de uma campanha contra o uso abusivo de medicamentos que estava previsto para acontecer nesta quarta-feira (23) na Casa Branca, em razão do falecimento do ator Heath Ledger. O astro de "O segredo de Brokeback mountain" tinha 28 anos e foi encontrado morto em seu apartamento em Nova York na tarde desta terça.
“Achamos que era melhor adiar o evento a correr o risco de alguém achar que estamos sendo oportunistas”, afirmou a assessoria de imprensa da Casa Branca.
A polícia de Nova York informou que foram encontradas pílulas para dormir no quarto do ator e que a morte pode ter sido provocada por uma overdose, acidental ou não. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, um policial acrescentou que foi encontrada uma nota de US$ 20 enrolada no quarto do ator, mas que não havia resíduos de droga.
Autópsia realizada nesta quarta-feira (23) no corpo do ator teve resultado "inconclusivo" e serão necessários novos exames, informaram os responsáveis pelo procedimento. Ellen Borakove, porta-voz da equipe médica, disse que apenas em dez dias a investigação poderá ser completada.
Em declaração à TV australiana, a família de Ledger classificou sua morte como “trágica, inesperada e acidental”. O pai do ator também descreveu o filho como “um sujeito pé no chão, amante da vida”.
Em entrevista ao "New York Times" de 4 de novembro, Ledger revelou que as filmagens do novo "Batman", no qual interpreta o personagem Coringa, o deixaram física e mentalmente exausto e que precisou tomar pílulas de um remédio chamado Ambien para conseguir dormir. O medicamento pode ser perigoso se ingerido em excesso ou misturado com álcool.

