Morte na fronteira

Por Gazeta Admininstrator

Uma jovem de Ipatinga, no Vale do Aço (MG), pode ter sido morta enquanto tentava atravessar a fronteira México – USA. A família da moça está aguardando a resposta do Departamento de Imigração para saber se a ossada encontrada na semana passada no deserto do Texas é da cabeleireira Juliana Aparecida Gomes, de 29 anos.

Segundo as autoridades, junto aos restos mortais encontrados, estava um passaporte. Representantes do Mistério das Relações Exteriores chegaram a entrar em contato com a família no Brasil, informando a localização do passaporte com a ossada. “Era o sonho dela ir para o exterior, conseguir um bom trabalho e dar uma vida mais confortável à família”, contou ao site G1, a irmã Adriana Helena Gomes. A mineira embarcou para São Paulo, há cinco meses. De lá, tentaria chegar aos Estados Unidos com a ajuda de um coiote ou “cônsul” (quem faz a travessia ilegal).

De acordo com a irmã, essa foi a segunda tentativa de Juliana de viajar para o exterior. Em 2006, foi deportada da Alemanha, quando tentava seguir ilegalmente para Portugal. A mineira tinha um salão de beleza em Ipatinga.

As rotas preferidas de pessoas que buscam “o sonho americano”, mesmo no meio da crise, são a travessia feita a pé pelo deserto mexicano ou em embarcações saindo de Cuba ou da República Dominicana. Os preços cobrados podem chegar até a US$ 20 mil.