Mortes de crianças por afogamento aumentaram 7% em 2018 na FL

Por Arlaine Castro

[caption id="attachment_183264" align="alignleft" width="393"] Aulas de natação para bebês a partir de 6 meses é recomendado. Foto: flickrericavighi.[/caption] Mortes de crianças por afogamento acidental aumentaram 7% em 2018 na Flórida, segundo o Departamento Estadual de Saúde. O número de crianças menores de quatro anos sujeitas a se afogarem acidentalmente todos os anos na Flórida poderia preencher até quatro salas de aula pré-escolares, diz o Departamento de Saúde da Flórida, que completa ainda que o afogamento é a causa mais evitável de morte infantil no estado. Dados do CDC mostram que cerca de 4.000 pessoas se afogam a cada ano nos EUA. As estatísticas da Flórida continuam altas. O estado continua liderando o número de mortes de crianças de zero a quatro anos por afogamento. Em 2018, 88 crianças perderam a vida por essa causa, 7% a mais que no ano anterior. Os riscos acontecem durante o ano todo, mas março e abril são meses em que as chances de afogamento se intensificam na Flórida devido à melhora do clima. Maio é o mês nacional de prevenção a afogamentos Embora as piscinas sejam particularmente perigosas, muitos itens domésticos comuns também podem representar uma ameaça, incluindo banheiras, baldes e vasos sanitários - até mesmo o prato de água de um animal de estimação, alertam as autoridades. Na noite de 24 de março, dois irmãos gêmeos de três anos entraram sozinhos em uma banheira de hidromassagem no Perry’s Ocean Edge Resort em Daytona Beach. Não levou dois minutos para que um deles quase se afogasse. Não fosse pelo resgate e primeiros socorros rápidos, a criança seria mais uma na estatística de mortes por afogamentos na Flórida. Aumenta o número de mortes de crianças por afogamento; Veja como prevenir Nova Lei A atual lei estadual em vigor - Title 515 do Estatuto da Flórida - aprovada em 2000, exige apenas que uma medida de segurança seja implantada em piscinas e, além disso, somente naquelas recém-construídas. Isso significa que todas as piscinas que existiam antes de 2000 não precisam ter requisitos de segurança. Chocada com a falta de regulamentação, Brittany Howard, que perdeu o seu filho de dois anos afogado na piscina de uma casa no condado de Hillsborough em setembro de 2017, cobrou mudança na legislação. "Ele (meu filho) conseguiu abrir a porta de vidro que dá acesso à área externa, passou pela cerca fraca na borda da piscina, caiu e acabou afundando na água ", disse Howard. Howard apresentou o projeto Kacen's Cause Act - uma lei bipartidária que está atualmente sendo analisada pelo comitê do Senado da Flórida e que prevê a combinação de duas medidas de segurança em vigor para todas as piscinas domésticas novas e antigas: vedação e alarme na piscina ou alarmes na porta de acesso à área e outro na piscina. Pela lei, esses requisitos seriam verificados por um inspetor toda vez que uma casa for vendida ou muda de proprietários. Supervisão, barreiras e aulas de natação A campanha "WaterSmartFL: Pool Safety (www.watersmartfl.com) é responsabilidade de todos" orienta pais, cuidadores e comunidades sobre riscos de afogamento e estratégias de prevenção. A campanha identifica três iniciativas para aumentar a segurança da piscina e reduzir o afogamento na infância: 1°: supervisão constante; 2°: barreiras de proteção; e 3°: aulas de natação que preparam bebês e crianças pequenas para o contato seguro com a água. De acordo com o Departamento de Saúde da Flórida, nos três primeiros meses deste ano ainda não foram registradas mortes acidentais por afogamento infantil em piscina– o que é considerado uma vitória diante o alto número do ano passado. Aulas de natação podem reduzir os riscos de afogamento em até 88% e estão disponíveis para crianças a partir dos seis meses de idade, orienta o Suncoast Safe Kids Coalition and Preventable Needless Deaths.