MP exclui crime de tortura em caso de adolescente tatuado na testa

Por Gazeta News

tatuador foto G1
[caption id="attachment_147714" align="alignleft" width="199"] O tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis. Foto: G1.[/caption]

A família do adolescenteque teve a testa tatuada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, no dia 9 de junho, está indignada com o entendimento da representante do Ministério Público de São Paulo que descartou a denúncia de tortura pela promotoria.

Ronildo Moreira de Araújo e Maycon Wesley Carvalho dos Reis foram denunciados por constrangimento ilegal, lesão corporal e ameaça, mas não serão responsabilizados por crime de tortura, conforme informado pelo MP na última sexta-feira, 23.

O crime ocorreu na pensão onde o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis e o pedreiro Ronildo Moreira de Araújo estavam hospedados. Os dois foram presos em flagrante e levados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade.

O adolescente teve a mensagem "eu sou ladrão e vacilão" tatuada na testa depois de uma confusão envolvendo a bicicleta de um deficiente físico. Os suspeitos alegam que o adolescente tentou furtar o veículo, enquanto a vítima nega e diz que apenas esbarrou nela.

A mãe do adolescente,Vania Rocha, declarou indignada, que "como não é tortura? Estou de boca aberta. Aquilo foi tortura, eles amarraram o meu filho, bateram no meu filho. Se os dois saírem na cadeia em pouco tempo nós vamos atrás de Justiça. Não vamos fazer Justiça com as próprias mãos, não é isso que queremos, mas vamos querer que a Justiça trabalhe direito", enfatizou.

O adolescente passou pela primeira sessão para remoção da frase no último sábado, 24, na clínica Grand House, em Mairinque, na Grande São Paulo, responsável por tratar gratuitamente do garoto.

Com informações do G1.