“Muitas meninas cometiam suicídio”, relata ex-escrava sexual na 2ª Guerra

Por Gazeta News

escrava sexual

Quase 70 anos após a rendição japonesa, Lee Ok-Seon, que por três anos foi forçada a se prostituir em um bordel militar japonês na China durante a 2ª Guerra Mundial, resolveu revelar seu segredo.

Lee foi capturada nas ruas da cidade de Busan, no sudeste da Coreia do Sul, por um grupo de homens, quando tinha 14 anos de idade. Ela foi levada para um “posto de consolo” na China. Ali, sofreu estupros diários até o fim da guerra. “Não era um lugar para seres humanos; era um matadouro”, conta.

O caso de Lee Ok-Seon não é isolado, porém não se sabe exatamente quantas outras mulheres tiveram o mesmo destino. “De acordo com estimativas, devem ter sido em torno de 200 mil mulheres, mas esse total nunca foi confirmado”, explica Bernd Stöver, um historiador da Universidade de Potsdam, na Alemanha. Elas eram chamadas de “mulheres de alívio” ou de “conforto”. Os bordéis, que se espalhavam por toda a área de ocupação japonesa, tinham como objetivo manter elevado o ânimo dos soldados e de evitar que as mulheres locais fossem estupradas.

“Muitas meninas se suicidavam. Elas se afogavam ou se enforcavam”, conta. Muitas das escravas sexuais, em sua maioria menores de idade, não sobreviveram aos tormentos. Estima-se que dois terços dessas mulheres morreram antes do fim da guerra. As informações são do portal “Deutsche Welle”.