Mulher de 92 anos bate recorde ao finalizar maratona em San Diego

Por Gazeta News

Uma mulher de 92 e 65 dias anos conseguiu entrar no livro dos recordes no dia 31 de maio, ao se tornar a mulher mais velha do mundo a finalizar uma maratona. Harriette Thompson, de Charlotte, na Carolina do Norte, cruzou a linha de chegada da Rock ‘n’ Roll Marathon, em San Diego, na Califórnia, com o tempo de 7h24m36s. Com 92 anos, a nova recordista superou Gladys Burrill, que completou a Maratona de Honolulu, em 2010, quando tinha 92 anos e 19 dias em 9m53min16s.

Esta foi a 16ª participação de Harriette na Rock’n’ Roll Marathon e a mais difícil, segundo ela, que durante toda a maratona foi acompanhada de seu filho de 56 anos, Brenny. “É sempre difícil, mas este ano foi um ano ruim para mim”, disse ela, mãe de cinco filhos, acrescentando que seu marido morreu em janeiro, após uma doença prolongada e ela lutou contra uma infecção em uma de suas pernas. “Eu não pude treinar muito bem porque meu marido (de 90 anos) esteve muito doente e eu tinha que estar sempre com ele. Depois que ele morreu, de câncer, em janeiro, eu tive que cuidar das minhas pernas (fez tratamento de radiação para carcinoma). Eu estava realmente emocionada quando terminei a prova hoje”.

Pianista de formação clássica, que já se apresentou três vezes no Carnegie Hall, em Nova York, Harriette diz que, para vencer os 42km da prova, vai mentalizando as peças para piano que conhece. A maratonista começou a correr aos 76 anos, depois que um membro de sua igreja perguntou se ela queria participar da maratona e ajudar a arrecadar fundos para combater a leucemia e linfoma. “Naquela época, eu tinha perdido várias pessoas na minha família para câncer e eu disse: ‘Oh, talvez eu devesse fazer isso’”, conta ela. “No primeiro ano, eu só planejava caminhar, mas como todo mundo estava correndo, resolvi começar a correr com eles”.

Desde que começou a contribuir com a Sociedade de Leucemia e Linfoma, Harriette já conseguiu arrecadar mais de $100 mil dólares. A única vez que não participou de uma prova foi quando teve que se tratar de um câncer.  Ela acrescentou que gosta de arrecadar dinheiro para pesquisas de tratamento contra o câncer e que outros corredores a tem ajudado a se manter saudável: “Eu não acho que eu estaria viva se eu não fizesse isso”, avaliou. Fonte: Associated Press.