Nove adolescentes norte-americanos viveram encarcerados em uma casa na Flórida, vigiados por uma mulher de 62 anos, que vivia das mensalidades da Assistência Social para as crianças que haviam sido adotadas por ela, afirmaram fontes policiais.
Os jovens, entre os 15 e os 27 anos, eram muitas vezes algemados, o que lhes provocou feridas nos pulsos e queimaduras.
As crianças, todas famintas, disseram às autoridades que não podiam sair de casa, nunca foram ao médico, nem freqüentavam a escola.
Os investigadores da polícia não confirmaram as identidades dos jovens, nem divulgaram o período de tempo em que foram mantidos nesta situação.
As autoridades acreditam que Judith Leekin está envolvida neste esquema de adoção há duas décadas, o faz através de New Iorque, pelo menos com cinco cúmplices.
Segundo as autoridades, a mulher era desempregada e vivia das mensalidades enviadas pela Assistência Social para às crianças.
Entre os jovens, está um cego e mudo e outro mal consegue andar ou estar de pé, situações que as autoridades não sabem indicar se são de nascença ou resultado de abusos.
O caso foi conhecido no dia 04, quando a polícia recebeu uma chamada de St. Petersburg, a 322 quilómetros da casa da Judith Leekin, indicando que uma adolescente de 18 anos perambulava, com dificuldades, pelas ruas.
A adolescente disse à polícia que viveu na casa de Judith Leekin durante 13 anos e que foi abandonada naquele local, depois de lhe ter dito que iam a um parque de diversões.
Na primeira visita à casa de Judith Leekin, a polícia encontrou a mulher com apenas uma criança. A mulher contou à polícia que a jovem de 18 anos teria fugido de casa há um ano.
A polícia regressou pouco tempo depois, encontrando todas as crianças, que na visita anterior estariam escondidas sob as ordens de Judith Leekin.
Leekin, de 62 anos, foi detida, acusada de 11 crimes, incluindo abuso de menores.

