Mulher matou gaúcho na volta dos EUA

Por Gazeta Admininstrator

Mulher da vítima admitiu ter preparado com o amante uma armadilha para o marido no dia em que ele retornava dos EUA, onde havia morado durante os últimos quatro anos.

Seis meses depois da morte do mecânico Anísio Nunes de Castilhos, 45 anos, a prisão do suspeito de ser o autor dos tiros revelou uma trama por trás do crime.

Castilhos foi morto no dia 2 de janeiro deste ano, quando recém-chegara de viagem dos Estados Unidos, onde morava havia quase quatro anos. Ele voltava em definitivo para o Brasil, onde tinha mulher. Abordado por um grupo na Avenida Ary Tarragô, na Zona Norte, foi morto com quatro tiros.

Segundo o delegado Antônio Guimarães, da 18ª DP (Mario Quintana), o inquérito deverá ser concluído dentro de 15 dias, mas ontem mesmo ele já fez o indiciamento formal de duas pessoas, entre elas o suspeito preso, Júnior Cézar Boita, 28 anos, e a mulher da vítima, Maria Dambros de Castilhos, 42 anos. Ambos foram enquadrados no crime de latrocínio (roubo com morte), cuja pena prevista é de 20 a 30 anos de prisão.

Boita foi preso na manhã de ontem, na Avenida Teresópolis. Ele estava com prisão preventiva decretada pela Vara do Júri, por outro crime. Levado à delegacia, ele disse que só falaria à Justiça.

Na quarta-feira, Maria foi ouvida. No depoimento, ela admitiu ter tido um relacionamento com Boita, que conheceu em 2005, em Cidreira, época em que ele trabalhou em uma lancheria.

Na época em que Castilhos se preparava para voltar ao Brasil, ela diz que passou a ser pressionada por Boita. Segundo a mulher, ele estava interessado no dinheiro e nos computadores que o mecânico traria dos Estados Unidos para os filhos. Ele teria combinado o roubo e, para isso, segundo a mulher, a instruiu a parar o carro no ponto em que ocorreu o assalto e a morte do mecânico. Maria havia ido de carro buscar Castilhos no aeroporto.

- Maria disse que ele ameaçava revelar à família dela o relacionamento dos dois caso ela não desse o dinheiro e o material - diz o delegado.

A mulher afirmou não saber que Boita iria atacar o mecânico com uma arma, na companhia de outras quatro pessoas. Ontem, a reportagem local tentou contato com Maria, mas ela não foi localizada. O delegado solicitou ontem a prisão preventiva de Boita e diz que os outros quatro suspeitos estão identificados pelo apelido.