Na briga entre Obama e Hillary, o vencedor pode ser... McCain!

Por Gazeta Admininstrator

Não dá para evitar o tema. Queiram ou não as eleições presidenciais norte-americanas são o assunto politico e econômico mais relevante para todos os que vivem nos Estados Unidos, especialmente os imigrantes. E pelo andar da carruagem, o baú de surpresas está muito longe de se acabar.
Dependendo dos resultados das primárias do Texas e Ohio, Hillary Clinton será “carta fora do baralho” ou contendora em igualdade de condições numa imprevisível e polêmica convenção nacional do partido Democrata.

Se Hillary não reagir, teremos já, neste final de março, a certeza de que a luta pela Casa Branca será entre o “garoto” Obama e o “herói” McCain.

E o desgaste gerado pela disputa entre o senadores democratas Barack Obama e Hillary Clinton pode ser – ao contrário do que muitos esperavam – altamente favorável ao candidato republicano John McCain.
Segundo dados do Departamento de Justiça, menos de 30 mil cidadãos norte-americanos de origem brasileira estão legalmente qualificados para votar em 2008 nas eleições presidenciais norte-americanas.
É uma “gota d’água” no oceano assumido de mais de 2 milhões de brasileiros vivendo no país. O que não impede de que uma grande parcela da nossa comunidade acompanhe com vivo interesse o espetacular, complicado, fascinante e ao mesmo tempo altamente neurótico jogo político norte-americano.

Mais ainda quem se preocupa com o futuro dos imigrantes indocumentados. Seriam 14 milhões, dizem os candidatos. Destes, seguramente uma parcela conside-rável de brasileiros.

O mais curioso é que, do ponto de vista estritamente histórico dos candidatos, quem mais apóia claramente uma legalização rápida e abrangente dos indocumentados é o republicano McCain.

Hillary sempre ficou “em cima do muro”. Quando vai discursar em estados onde a eleitorado hispânico é forte, fala francamente a favor da legalização rápida. Quando se apresenta diante de platéias norte-americanas mais conservadoras e assumidamente anti-imigrante, fala em “rota para a legalização, lenta, gradual e segura”.

Obama, recentemente, passou a falar de forma mais liberal de uma proposta de legalização rápida, semelhante à de McCain. Mas quem acompanha os passos desse jovem político do estado de Illinois, sabe que ele sempre tratou a questão dos imigrantes como uma “batata quente”, sempre excessivamente cauteloso.

Ou seja, a se acreditar em promessas de palanque eletrônico, McCain seria o queridinho dos indocumentados.
Mais que isso. Depois de se dilacerarem numa campanha que divide o Partido Democrata ao meio, Obama e Hillary parecem estar fazendo um favor à candidatura McCain.

Se alguém dissesse no meio de 2007, que um candidato republicano teria alguma chance de ser eleito para suceder o controverso George W. Bush, este seria motivo de riso.

Afinal, todas as indicações dariam uma vitória de candidato democrata “fosse quem fosse”.
O tempo, senhor absoluto de tudo, mais uma vez pode provar que tudo é mesmo relativo. McCain pode ganhar. Para surpresa de muitos, desespero dos que acreditam que Obama ou Hillary representariam alguma mudança.

E para maior surpresa ainda dos acabrunhados republicanos que, ultimamente, andavam até com vergonha em admitir a que partido pertencem.