Planejar é Sinônimo de Sucesso

Por Gazeta Admininstrator

Planejar é sinônimo de sucesso

Recentemente, o presidente do Brazilian Business Group / BBG,      Aloysio Vasconcellos, abordou um tema tão importante que julgamos procedente voltar a ele: o planejamento. No artigo, ele enfatizou a determinação do americano em planejar e se organizar. E isto, na opinião de Vasconcellos, é a chave do sucesso dos Estados Unidos como nação e dos americanos como indivíduos no cenário mundial.

Portanto, como brasileiros vivendo aqui, nós já temos régua e compasso, não dada pela Bahia, como disse o compositor Gilberto Gil, mas sim pelo país no qual escolhemos morar. E não há nada melhor do que seguir os bons exemplos e ver os maus exemplos e deles se afastar. Claro que aqui também o percentual de empresas que fracassam supera o daquelas que se transformam em companhias bem sucedidas. E muitas vezes isto nem tem muito a ver com o capital investido. Pelo contrário, o planejamento antecipado e a boa administração podem fazer a diferença entre o fracasso e o sucesso dos empreendimentos.

Por estar vivendo aqui, se os brasileiros-americanos aprenderem como fazer para  atingir seus objetivos através da absorção do conceito de planejamento e  organização dos americanos, e juntá-los ao jogo de cintura tão característico dos brasileiros, terão uma imensa  vantagem na concorrência e disputas sempre  presentes no mundo empresarial.

Diante dessa nova realidade, as empresas criadas e administradas por brasileiros representam um significativo impulso para algumas economias locais, sobretudo em cidades como Pompano Beach, Deerfield Beach e mesmo West Boca. Hoje, a comunidade brasileira é respeitada e, de certa maneira, paparicada por candidatos a cargos públicos locais, como o de prefeito, vereador, chefe de polícia, representantes na Diretoria Escolar e outros.

Alguns, mais céticos, podem imaginar que a comunidade brasileira é insignificante em termos eleitorais. Será? Os dados recentes do Censo 2010 apontam que moram no Sul da Flórida cerca de 150 mil brasileiros, sendo que quase 15% deste total é formado por brasileiros com dupla cidadania, portanto, com direito a voto. Ou seja, não é um número desprezível, embora nem todos obviamente votem nas mesmas zonas eleitorais.

Tanto isto é verdade que quadros dos principais partidos americanos, sobretudo do Partido Democrata, estão aproximando-se bastante dos líderes comunitários brasileiros com o objetivo de cultivar mais uma comunidade e trazer para suas fileiras os brasileiros-americanos, somando-se aos judeus, negros e latinos. Aliás, vale lembrar que os brasileiros integram a comunidade latina, mesmo não falando o idioma espanhol.

A perspectiva deste total crescer é grande, levando-se em conta que 35% dos brasileiros que formam a comunidade já vivem aqui há mais de 11 anos. Outros 42% já estão morando na região entre seis e dez anos e também estão radicados aqui, com famílias e desejo de continuar vivendo no país. Mesmo entre os demais, que chegaram a menos de cinco anos, é forte o desejo de permanecer.

Claro que as dificuldades enfrentadas com a crise econômica vivida pelos Estados Unidos, que diminuiu bastante a oferta de empregos, somadas ao aperto das leis imigratórias, estão desestimulando a permanência de muitos compatriotas. Há ainda o bom momento econômico pelo qual passa o Brasil que seduz muitos brasileiros que voltam em busca de novas oportunidades.

Entretanto, muitas vezes o sonho se torna pesadelo e muitos dos que retornam se desencantam com a realidade brasileira. Assim, ficam frustrados e pensam somente em retornar por não mais conseguir readaptar-se ao Brasil. Isto acaba gerando um monte de pessoas infelizes que ficam perdidas entre dois mundos. Não sabem mais como fazer para viver em um país onde a dinâmica é bem diferente daqui e acabam sentindo-se totalmente deslocadas. A solução passa a ser, então, programar o retorno, o que nem sempre se consegue por uma série de fatores: falta de dinheiro, ausência de vistos para reentrada nos EUA e divisão familiar, pois alguns preferem viver aqui enquanto outros querem ficar no Brasil.

O momento, portanto, é o de solidificar a presença aqui e fortalecer a comunidade brasileira, a fim de se construir um futuro que seja positivo para todos. Nunca se deve trocar o certo pelo duvidoso, já dizia o antigo ditado.