Trump e líderes mundiais assinam acordo de cessar-fogo em cúpula no Egito; Netanyahu não comparece
Evento reúne mais de 20 chefes de Estado em Sharm El-Sheikh para discutir o futuro de Gaza; documento marca nova fase de reconstrução e diálogo regional
O presidente Donald Trump reuniu nesta segunda-feira (13) mais de 20 líderes mundiais em Sharm El-Sheikh, no Egito, para a assinatura de um acordo de cessar-fogo envolvendo Israel e o Hamas, marcando o início de uma nova etapa de negociações sobre o futuro de Gaza. Apesar da importância histórica do encontro, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não participou da cerimônia, alegando compromissos religiosos devido a um feriado judaico.
Participaram do evento figuras como o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, o francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Friedrich Merz, o premiê britânico Keir Starmer, e o ex-primeiro-ministro Tony Blair, além de representantes do Qatar, Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Turquia. Diante de um painel com a inscrição “Peace 2025”, os líderes assinaram o documento, ainda não divulgado publicamente pela Casa Branca.
Durante o ato, Trump afirmou que o acordo “demorou 3.000 anos para chegar a este ponto” e declarou estar confiante de que “vai durar”. Em discurso, o presidente chamou o momento de “um novo amanhecer no Oriente Médio” e destacou que “as orações de milhões finalmente foram atendidas”.
O cessar-fogo já começou a ser implementado com a libertação dos últimos 20 reféns israelenses pelo Hamas e a soltura de prisioneiros palestinos por Israel, gerando cenas de emoção em Tel Aviv e Gaza. Mesmo assim, ainda há incertezas sobre o papel de Trump na reconstrução pós-guerra e na governança de Gaza.
O republicano disse que a “segunda fase” do plano de paz já está em andamento, voltada à reconstrução do território. “O próximo passo é reconstruir. Essa talvez seja a parte mais fácil”, declarou. Trump também sinalizou abertura para um acordo de paz com o Irã, afirmando que está disposto a suspender sanções “quando Teerã estiver pronto para conversar”.
Fonte: ABC