Dólar bate R$ 5,79 em meio à nova onda de Covid-19 e aproximação da eleição dos EUA

Por Gazeta Brazilian News

O salário mínimo chegará a US$15hora até 2026.

O dólar disparou contra o real na manhã desta quarta-feira, 28, batendo R$ 5,79. Dentre as razões para a alavancada da moeda estão investidores buscando segurança em meio à forte disseminação da Covid-19 em grandes economias, como na Europa e EUA, a aproximação da eleição presidencial americana e dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros do Brasil.

Às 9h48, a moeda norte-americana subia 1,11%, vendida a R$ 5,7490. Na máxima, bateu R$ 5,7900, maior cotação intradia - ao longo de um dia de negociação - desde 18 de maio (R$ 5,8025).

A alta perdeu parte da força no meio da manhã, depois de uma intervenção do Banco Central,  e até as 11h23 (horário de Brasília), estava cotado em R$5,75. Hoje, o valor médio da cotação do dólar turismo no Brasil está em R$ 5,72. 

Na terça-feira, 27, o dólar fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,6857. Na parcial do mês, acumula alta de 1,20%. No ano, tem valorização de 41,80%.

O aumento dos casos de coronavírus provocava temores de que lockdowns na Europa prejudiquem a recuperação econômica. Pesavam também as incertezas antes das eleições nos EUA.

"Os mercados globais parecem estar incrivelmente nervosos, o misto de alta nos casos de Covid-19 e mortes e o potencial lockdown na França somam-se à incerteza antes das eleições nos EUA e você tem esse pano de fundo bastante fraco", disse John Woolfitt, diretor de trading do Atlantic Capital Markets.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar nesta quarta, por volta das 18h, a nova taxa básica de juros, e a expectativa do mercado financeiro é que a Selic seja mantida em 2%, apesar da pressão da disparada dos preços dos alimentos.

Preocupações ampliadas com a situação fiscal do país e sustentabilidade das contas públicas, além da capacidade do governo de avançar numa agenda de reformas, seguem dominando as atenções dos investidores, sendo apontadas como os principais fatores de pressão sobre o real.

A taxa de juros em mínimas históricas também faz com que o Brasil se torne menos atrativo para investidores internacionais, em razão do diferencial de juros na comparação com outras economias, reduzindo o fluxo de dólares para aplicações financeiras no país, o que também contribui para um patamar de câmbio mais alto.

O Banco Central anunciou para este pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021, destaca a Reuters. Com informações do G1.