Secretário aponta irregularidades no processo de vacinação no Rio

Por Agência Brasil

Vacinação dos profissionais de saúde, veterinários e agentes funerários com 60 anos ou mais de idade, que estam na ativa, na Clínica da Família Estácio de Sá, na região central da cidade. O município do Rio de Janeiro ampliou hoje (27) o público-alvo da campanha de vacinação contra a covid-19.

O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, apontou hoje (5) irregularidades no processo de vacinação contra a covid-19 no estado que devem ser coibidas pelos órgão de fiscalização. Segundo ele, entre as irregularidades observadas está o uso indiscriminado da segunda remessa da vacina CoronaVac por alguns municípios fluminenses.

O secretário disse estar preocupado com o fato de algumas prefeituras não terem garantido a segunda dose da CoronaVac para vacinar os primeiros imunizados e estarem vacinando um novo público com essas doses. Para ter eficácia, a segunda dose da CoronaVac precisa ser aplicada entre duas a quatro semanas após a primeira imunização.

“Isso coloca em risco todo um esquema de vacinação. Os municípios têm autonomia para conduzir a vacinação, mas têm que seguir o programa nacional”, afirmou, sem especificar as cidades.

Na terça-feira (2), a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro começou a distribuir a segunda dose da vacina CoronaVac aos 92 municípios fluminenses. São 244 mil doses que deverão ser aplicadas como reforço da primeira dose, entregue às prefeituras em janeiro deste ano.

Carlos Alberto Chaves também citou caravanas que buscam vacinação fora do domicílio declarado e a aplicação de doses excedentes em pessoas que não pertencem aos grupos prioritários como irregularidades a serem coibidas.

“Não podemos omitir o que está acontecendo de errado. Isso é muito grave. Não podemos desfragmentar a vacinação. O Brasil é um dos líderes em termos de vacinação, mundialmente famoso.”