Ícone da TV brasileira, Tarcísio Meira morre aos 85 anos

Por Arlaine Castro

Tarcísio Meira tinha 85 anos e estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O ator Tarcísio Meira morreu na manhã desta quinta-feira, 12, vítima da Covid-19, aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na Zona Sul da cidade, em tratamento contra a doença.

Tarcísio e sua esposa, a atriz Glória Menezes, de 86 anos, deram entrada no hospital na última sexta-feira (6). O artista chegou a ser intubado na UTI e fazer hemodiálise contínua.

De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital na quarta (11), a atriz está se recuperando bem e recebe auxílio de oxigênio via nasal. Ela está internada em um apartamento.
Carreira

Um dos mais reconhecidos nomes da atuação no Brasil, Tarcísio Meira tinha um currículo de mais de 60 trabalhos na televisão, entre novelas, seriados, minisséries, teleteatros e telefilmes, numa carreira que começou em 1961, na extinta TV Tupi.

Também participou de 22 longas-metragens, dirigidos por cineastas como Glauber Rocha, Walter Hugo Khouri, Anselmo Duarte e Bruno Barreto, além de 31 peças de teatro.

Em depoimentos ao Memória Globo, Tarcísio Meira fala sobre a escolha do seu nome artístico, e sobre o início da carreira no teatro, em 1959, e na Globo, em 1967.

Vacina

Ambos receberam a 2ª dose da vacina contra Covid em março deste ano, na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo.

Na CPI da Covid, na manhã desta quinta (12), os senadores fizeram 1 minuto de silêncio em memória ao ator.

Nenhuma vacina oferece proteção de 100% contra doenças, mas todas reduzem o risco de infecção, hospitalização e morte, principalmente depois da segunda dose.

É importante lembrar que vacinas funcionam, mas não são infalíveis. Ainda assim, apesar de a probabilidade de infecção após a vacina ser pequena, quanto mais a doença estiver circulando, maior é o risco de o imunizante falhar. Por isso a necessidade de vacinar o maior número de pessoas possíveis o quanto antes.

Tarcísio e Glória

O ator Tarcísio Meira nasceu em São Paulo (SP) no dia 5 de outubro de 1935. Estreou na Globo em 1967 e trabalhou em mais de 60 programas, entre minisséries, especiais e novelas.

Atriz de teatro, televisão e cinema, Glória Menezes nasceu em Pelotas (RS). Na Globo, estreou em 1967 com a novela "Sangue e Areia". Atuou em mais de 40 telenovelas na emissora.

Tarcísio e Glória foram casados por quase 60 anos e são pais do também ator Tarcísio Filho.

Paulo José

É a segunda perda recente da teledramaturgia brasileira. Na quarta-feira , 11, morreu no Rio de Janeiro, aos 84 anos, o ator Paulo José. O ator estava internado havia 20 dias e faleceu em decorrência de uma pneumonia. Há mais de 20 anos, ele sofria de Mal de Parkinson.

Ele se mudou do Rio Grande do Sul para São Paulo no início da década de 60, onde começou a trabalhar com o revolucionário Teatro de Arena - lá ele foi ator, contrarregra, assistente de direção, produtor, diretor musical, cenógrafo e figurinista.

Sua estreia atuando no palco foi em 1961, na peça "Testamento de um cangaceiro". Já no cinema, ele estreou em 1965, no filme "O padre e a moça", de Joaquim Pedro de Andrade.

Nos anos 60 ele atuou em diversos filmes importantes para o Cinema Novo, como "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade, e "Todas as mulheres do mundo", de Domingos Oliveira.
Atuou em mais de 20 novelas e minisséries, entre elas, ‘Roda de Fogo’ (1986), de Lauro César Muniz; ‘Vida, Nova’ (1988), de Benedito Ruy Barbosa; ‘Tieta’ (1989), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares; ‘Araponga’ (1990), de Dias Gomes, Ferreira Gullar e Lauro César Muniz; ‘Vamp’ (1991), de Antonio Calmon; ‘O Mapa da Minha’ (1993), de Cassiano Gabus Mendes; ‘Agora é Que São Elas’ (2003), de Ricardo Linhares, escrita a partir de uma ideia original do próprio Paulo José; ‘Senhora do Destino’ (2004), de Aguinaldo Silva; ‘Um Só Coração’ (2004) e ‘JK’ (2006), minisséries de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira; ‘Caminho das Índias’ (2009), de Gloria Perez; e ‘Morde & Assopra’ (2011), de Walcyr Carrasco.

Com informações do G1.