Congresso tem sessão solene pelo fim da violência contra as mulheres

Por Agência Brasil

Sessão solene remota do Congresso Nacional, realizada a partir da sala de controle da Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen), destinada à promoção do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999 e é celebrado anualmente no dia 25 de novembro. A data faz homenagem às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas por se oporem à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana. A comemoração tem como objetivo alertar e erradicar os casos de violência contra as mulheres no mundo todo. Procuradora da Mulher no Senado, senadora Leila Barros (Cidadania-DF), e a coordenadora-adjunta da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), posam para foto ao lado do banner: "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres". Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O Congresso Nacional realizou uma sessão solene para marcar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher lembrado hoje (25). A sessão marcou o início da campanha dos "16 Dias de Ativismo", pelo fim da violência contra as mulheres, que é uma ação internacional que ocorre todos os anos.

A data criada em 1999, por decisão da Assembleia-Geral das Nações Unidas foi escolhida em memória do assassinato de três irmãs, Patria, Minerva e María Teresa Mirabal, em 1960, na República Dominicana. Elas lutavam contra a ditadura do general Rafael Trujillo. O crime causou indignação mundial.

A sessão foi realizada por requerimento das senadoras Leila Barros (Cidadania-DF) e Simone Tebet (MDB-MS) e das deputadas Tereza Nelma (PSDB-AL) e Celina Leão (PP-DF). Durante a sessão, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ressaltou a importância da sessão solene para dar visibilidade ao problema.

“Muitos perguntam "por que o dia disso, por que o dia daquilo", por que o Senado Federal paralisa por duas horas as suas atividades para falar de um tema que nós sabemos que é uma realidade. É simples: para dar visibilidade a essa situação. O racismo no Brasil é estrutural, a homofobia no Brasil é estrutural, mas poucas pessoas reconhecem que a misoginia é estrutural”, disse.

A senadora Leila Barros (Cidadania-DF) traçou um paralelo entre a luta contra a violência de gênero e contra o racismo.

“Não é por acaso que os 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres no Brasil começam cinco dias depois do Dia Nacional da Consciência Negra. O racismo envenena a nossa vida social, abrevia a vida das mulheres negras brasileiras e atenta contra o direito humano, a nossa dignidade de seres humanos”, afirmou a senadora.

* Com informações da Agência Senado.