Viagem ao exterior e entrada no Brasil: quais as regras da covid-19 para crianças?

Por Arlaine Castro

Crianças de 5 a 17 anos que tenham recebido imunizantes que não são aceitos no país de origem devem receber um reforço da Pfizer, orienta o governo.

Recentemente, o Brasil retirou a necessidade de testes de covid-19 para a entrada de brasileiros e estrangeiros no país. Mas com tantas mudanças, quais as regras atuais da covid-19 para crianças em viagens? O Gazeta News juntou as informações oficiais mais recentes sobre o assunto.  

Viagem ao exterior

Brasileiros que tenham viagens marcadas para o exterior devem completar o esquema vacinal, orienta o Ministério da Saúde. A nota técnica publicada no dia 30 de março traz explicações sobre as mudanças em viagens, que serão baseadas nos critérios de cada país, inclusive para crianças. 

Viajantes que não tomaram a 2ª dose também poderão antecipá-la. No caso da Pfizer, o intervalo mínimo é de 21 dias. Já para a AstraZeneca, de 28. Nos casos de crianças de 5 a 17 anos que tenham recebido imunizantes que não são aceitos no país de origem, estas devem receber um reforço da Pfizer, orienta o governo.

Os viajantes devem completar o esquema vacinal com o imunizante aceito na região de destino, ou que recebam uma "complementação". Para isso, é preciso comprovar a viagem. Segundo a nova regra, caberá aos governos de estados e municípios a decisão sobre a forma de comprovação da necessidade.

No primeiro caso, a segunda dose poderá ser antecipada, desde que respeitado o intervalo mínimo de 21 dias para a vacina da Pfizer e 28 dias para a da AstraZeneca. Já os que precisarem de uma dose de reforço poderão recebê-la em um intervalo mínimo de quatro semanas e, nesse caso, devem ser registradas como "dose adicional".

Para crianças de 5 a 17 anos, o intervalo entre a segunda dose e a adicional também será de quatro semanas. Nesse caso, porém, o Ministério da Saúde explica que pais e responsáveis "devem ser amplamente orientados sobre a falta de evidências científicas sobre a segurança e eficácia do esquema vacinal sugerido neste documento".

Entrada no Brasil

No dia 22 de fevereiro, o Ministério da Saúde alterou as regras de exigência do comprovante de vacinação para entrada de crianças no Brasil vindas do exterior por via aérea. A Secretaria Extraordinária do Enfrentamento à Covid-19 mudou a idade mínima para a obrigatoriedade de apresentação do documento, que passou de 5 anos para 12 anos de idade.

Veja como ficou:

- Crianças a partir de 5 anos devem apresentar comprovante de vacinação para entrar no Brasil por via terrestre;
- Crianças a partir de 12 anos devem apresentar comprovante de vacinação para entrar no Brasil por via aérea;
- Crianças que não tiverem sido vacinadas não serão impedidas de entrar no Brasil, mas deverão cumprir quarentena de 14 dias na cidade de destino.
- Todas as crianças devem apresentar a Declaração de Saúde do Viajante (DSV) para entrar no Brasil por via aérea;
- Crianças menores de 12 anos vacinadas ou não não precisam fazer teste de Covid-19 se estiverem acompanhados dos pais ou responsáveis;
- Crianças menores de 18 anos vacinados ou não que estejam viajando desacompanhados devem apresentar o resultado negativo para teste de antígeno, realizado até 24 horas antes do embarque, ou de RT-PCR, feito no máximo 72 horas antes.

Acesse a portaria do Ministério da Saúde para dúvidas.