Bolsa cai para menor nível desde agosto com crise no Credit Suisse

Por Agência Brasil

A man points front of an electronic board showing the graph of the recent fluctuations of market indices on the floor of Brazil's B3 Stock Exchange in Sao Paulo, Brazil October 19, 2021. REUTERS/Amanda Perobelli

A crise no banco europeu Credit Suisse e os reflexos da quebra de dois bancos norte-americanos provocaram turbulências no mercado financeiro. A bolsa de valores caiu hoje (15) para o menor patamar desde agosto.

O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quarta-feira aos 102.675 pontos, com queda de 0,25%. O indicador chegou a cair 2,18% por volta das 12h, aproximando-se dos 100 mil pontos, mas reagiu durante a tarde e quase zerou as perdas. Mesmo fechando praticamente estável, o indicador, que acumula cinco perdas consecutivas, está no menor nível desde 1º de agosto.

O dia também foi tenso no mercado de câmbio. O dólar comercial encerrou esta quarta vendido a R$ 5,294, com alta de R$ 0,037 (+0,7%). A cotação disparou até o início da tarde, chegando a R$ 5,32 na máxima do dia, pouco antes das 14h, mas arrefeceu perto do fim das negociações.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 5 de janeiro, quando era vendida a R$ 5,35. A divisa acumula alta de 1,32% em março e de 0,27% em 2023. Até esta terça-feira (14), o dólar acumulava queda no ano.

O mercado financeiro teve um dia tenso em todo o planeta, após o banco Credit Suisse anunciar “debilidades significativas” nos balanços e nos controles nos últimos dois anos. A crise na instituição financeira ocorre dias após dois bancos norte-americanos ligados a empresas de tecnologia falirem e terem os depósitos dos clientes garantidos pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).

Ao longo da tarde, dois fatores arrefeceram a instabilidade no dólar e na bolsa: o anúncio do Banco Central suíço de que pode socorrer a instituição financeira, se necessário, e a confirmação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o novo arcabouço fiscal será anunciado antes da viagem oficial à China, prevista para a última semana deste mês.

A partir de agora, a Agência Brasil dará as matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não serão mais informados todos os dias.