EUA fecham acordo de US$ 1,95 bilhão e compram vacina contra covid-19

O acordo por meio da Operação Warp Speed do governo Trump permite ao governo adquirir 500 milhões de doses a mais em 2021.

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Pelo acordo, o governo federal pode receber 100 milhões de doses.

A Pfizer e a BioNTech fornecerão ao governo federal 100 milhões de doses da vacina contra o coronavírus sob um acordo de US $ 1,95 bilhão, anunciaram as empresas de biotecnologia nesta quarta-feira, 22.

O acordo por meio do esforço de vacinação Operação Warp Speed do governo Trump permitiria ao governo adquirir 500 milhões de doses adicionais da candidata a vacina, desde que se provasse eficaz e garantisse a aprovação regulatória, segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e o Departamento da Defesa.

O contrato foi anunciado um dia depois que os Estados Unidos registraram mais de 1.000 mortes relacionadas ao coronavírus e o presidente Trump ofereceu um triste reconhecimento de que a pandemia "provavelmente, infelizmente, piorará antes que melhore".

Mais de 65.000 novos casos de coronavírus foram registrados na terça-feira, somando uma soma nacional de quase 3,9 milhões desde o início da crise.

O número se refere a todo o potencial de fabricação das empresas em 2020. O objetivo de ambos os laboratórios é "fabricar cem milhões de doses antes do fim de 2020" e provavelmente mais de 1,3 bilhão antes do fim de 2021.

"O governo americano fez um pedido inicial de 100 milhões de doses por US$ 1,95 bilhão e pode comprar até 500 milhões de doses adicionais", disseram as duas empresas, que devem iniciar os testes clínicos da vacina em breve.

As empresas disseram que acreditam estar prontas para receber algum tipo de aprovação regulatória já em outubro, se os estudos em andamento tiverem sucesso.

Vacina em estudos

A vacina experimental para Covid-19 desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer se mostrou promissora em sua fase inicial. Um artigo publicado na segunda-feira (20) como prévia (pré-print), apontou que a substância é segura e capaz de induzir resposta imunológica.

Os resultados ainda têm que ser validados por outros pesquisadores (peer-review) antes de serem publicados em uma revista científica. Eles dão conta de um teste de pequeno alcance, feito na Alemanha, com 60 voluntários saudáveis.

No início do mês, as companhias anunciaram também bons resultados em outro teste feito em pacientes dos Estados Unidos. O estudo inicial registrou uma indução "de alto nível" de reações de células T (de proteção) contra o novo coronavírus. Leia a matéria completa no gazetanews.com