Fisher Island, em Miami - a área do Zip Code mais caro da Flórida - vai ganhar novos imóveis

A prefeitura de Miami aprovou o plano de construção de 20 casas e 800 novos apartamentos na ilha

Por Joao Freitas

O projeto habitacional vai substituir um campo de golfe e um dos portos da ilha.

De acordo com o relatório anual da empresa PropertyClub, a ilha de Fisher Island, em Miami, é uma das regiões mais caras dos Estados Unidos. Todo ano, a região está no top 5 da lista da empresa de imóveis com o metro quadrado mais caro do país - uma consequência quase natural disso é que a região também tem o metro quadrado mais caro da Flórida.

O Zip Code do local é o 33109 e, como toda ilha, por definição, a região tem uma quantidade de espaço limitada para o crescimento, por isso a expectativa é que tenha bastante concorrência para os novos imóveis aprovados para construção no local.

O entendimento do mercado é que, para ser considerado imóvel de luxo, o custo do pé quadrado precisa ser de, pelo menos, $800. Um complexo como Palazzo del Sol, na parte norte de Fisher Island, chega a custar $3 mil o pé quadrado. E, pelo Multi Listing Service (MLS), até o momento dessa publicação, a menor unidade nesse complexo a venda tem 3.581 pés quadrados.

Outros imóveis na região são vendidos por preços que variam de $1500 a $2000 o pé quadrado. A prefeitura de Miami aprovou o plano de construção de novas residências na ilha. Serão 20 casas e 800 novos apartamentos distribuídos em um terreno de 216 acres, o prazo previsto para início da obra é 2022 e a entrega prevista para 2025. O projeto habitacional vai substituir tanto um campo de golfe quanto um dos portos para as embarcações que existem hoje no local. Não é coincidência que a empresa que administra as embarcações seja uma das responsáveis pelo novo projeto. As empresas que levam o nome de Heinrich von Hanau e Mark Reid são parceiros na arquitetura e design e os sócios também são membros do conselho que decide, a nível regional, o que deve ser feito na ilha.

De acordo com os números do MLS, hoje existem 96 imóveis à venda no bairro. Pelo tempo que um imóvel fica disponível no mercado e a quantidade de propriedades disponíveis, os números indicam que a região tem um estoque de 15 meses em imóveis a serem vendidos. Para o realtor João Freitas, esse tipo de volume mostra o tamanho da dificuldade em comprar imóvel na região. "A quantidade de imóveis disponíveis à venda hoje na região representa cerca de 14% da quantidade total de imóveis existentes no bairro. Qualquer prédio, em um mercado saudável, tem entre 10% e 15% de estoque a venda", analisa Freitas.

Para o corretor, os números do estoque atual apontam que a disputa pelos imóveis recém aprovados para construção será intenso. "A construtora está acabando com um campo para construir residências. Isso mostra o tanto que o mercado e a região estão aquecidos".