Polícia de Kansas City confirma que corpo encontrado em lago é de brasileira

Por Gazeta Brazilian News

Marina Bischoff, 39 anos, assistente social de Kansas City, estava desaparecida desde 28 de maio.

Cinco meses depois que Marina Bischoff, 39 anos, assistente social de Kansas City, deixou uma delegacia de polícia e desapareceu, o Departamento de Polícia confirmou na última sexta-feira, 23, que os restos mortais encontrados em julho no Shoal Creek, são da brasileira.

Bischoff foi vista pela última vez em 28 de maio, quando foi liberada da Divisão de Shoal Creek do Departamento de Polícia de Kansas City por volta das 7h da manhã, depois de ser presa na noite anterior por dirigir sob influência de álcool (DIU) e deixar o local de um acidente.

Em conversa com o jornal local The Kansas City Star na sexta-feira, seu irmão Victor Bischoff disse que há muito acreditava que os restos mortais provavelmente eram de sua irmã, e que ele já havia viajado para Kansas City para limpar o apartamento dela. Mas a confirmação, disse ele, foi de partir o coração.

“Sempre existe esse aspecto humano - que é a esperança”, disse ele. "Há sempre aquele pedaço disso, que felizmente não é ela, por algum milagre não é ela."

Depois de meses em busca da irmã e sempre acompanhando o trabalho da polícia, ele disse que sentiu falta de compaixão e bom senso dos policiais quando permitiram que sua irmã deixasse a delegacia em maio sem um carro e um telefone , uma carteira ou alguém para buscá-la.

Segundo a família, ela era assistente social no Children’s Mercy Hospital e sofria de depressão, mas não fazia uso de bebida alcóolica.

O corpo, já em decomposição, foi achado por uma criança de dez anos no mês de julho. Desde então, estava sendo feita a análise do DNA em Washington D.C., mas a demora se deu em virtude da pandemia.

Quanto à saída dela da delegacia, a polícia se justificou dizendo que parecia que ela estava bem e foi libertada após pagar fiança, "de acordo com os protocolos COVID-19 para reduzir as populações de detenção de infratores não violentos".

Segundo a família, ela era solteira, não tinha filhos, e tinha somente o irmão e uma cunhada nos EUA, o resto da família mora no Brasil. "Ela saiu da delegacia de polícia com a roupa do corpo, sem nenhum pertence, nem celular, nem carro, nem dinheiro e nem cartão de crédito. Estava carregando somente um envelope da delegacia. Estava chovendo muito e segundo a polícia, ela pode ter entrado no carro de alguém. Eles não sabem se foi por vontade ou contra, mas acreditam que esse foi o último acontecimento aquela manhã", escreveu a cunhada em junho, quando estavam buscando por ela.

O corpo foi localizado, mas a família Bischoff disse que ainda não tem certeza do que aconteceu. Segundo o irmão, ele foi informado que a área perto da estação Shoal Creek era conhecida por enchentes e se perguntou se sua irmã foi pega por alguma, já que chovia muito no dia. “Infelizmente não há respostas, há apenas teorias do que poderia ter acontecido”, disse.

Em um e-mail na sexta-feira, o Sgt. Jacob Becchina, porta-voz do Departamento de Polícia de Kansas City, disse que não há suspeita de crime na morte de Bischoff e encerrou a investigação.

Olá, minha cunhada Marina Bischoff continua desaparecida, infelizmente não temos nenhuma notícia e a polícia...

Publicado por Lu Bischoff em Segunda-feira, 22 de junho de 2020