Amy Coney Barrett é empossada por Trump como ministra da Suprema Corte dos EUA

Por Gazeta Brazilian News

O presidente Donald Trump e a ministra Amy Barret na segunda-feira, 26, na Casa Branca.

Em uma cerimônia nos Jardins da Casa Branca na noite de segunda-feira, 26, o presidente Donald Trump empossou a juíza conservadora Amy Coney Barrett no cargo de ministra da Suprema Corte dos EUA, após o Senado ter confirmado a indicação para o lugar da ex-ministra liberal Ruth Bader Ginsburg, que faleceu em setembro.  

Na cerimônia, a nova ministra fez um "juramento constitucional", perante o ministro Clarence Thomas, considerado por alguns como o ministro mais conservador da corte. Nesta terça-feira, 27, ela fará um "juramento judicial" perante o ministro John Roberts.

Trump e seus correligionários esperam que a nomeação de Amy Barrett estimule os eleitores republicanos a ir às urnas em 3 de novembro, para votar nos candidatos republicanos — inclusive para a reeleição de Trump. Afinal, a nomeação da nova ministra estabelece uma maioria conservadora de 6 a 3 na Suprema Corte.

O Senado votou a favor de Barret por 52 votos a 48. Os votos a favor da nomeação foram todos republicanos. Todos os senadores democratas e a senadora republicana Susan Collins, de Maine, votaram contra. Collins disse que decidiu ser consistente com a decisão que seu partido tomou em 2016, quando o Partido Republicano bloqueou a nomeação do juiz Merrick Garland, indicado pelo ex-presidente Barack Obama, porque era um ano eleitoral.

Votações importantes na Suprema Corte

Desde já, a nova ministra irá participar de decisões importantes relativas às eleições deste ano, além de participar do julgamento da eleição presidencial, caso o presidente Trump perca para Joe Biden.

Trump já anunciou que irá recorrer à justiça se a diferença de votos em alguns estados for pequena. Declarou, abertamente, que, por isso, era importante a nomeação da nova ministra antes das eleições.

Em 10 de novembro, ela irá participar das audiências em que republicanos questionam a constitucionalidade da lei “Affordable Care Act (ACA)”, mais conhecida como Obamacare — o seguro-saúde dos cidadãos que não podem pagar uma companhia de seguros particular. Se a lei for revogada, mais de 20 milhões de pessoas ficarão sem seguro-saúde. Com informações da Agência Lusa.