Trump intensifica contestação jurídica e pede interrupção da contagem de votos

Por Arlaine Castro

Foram 231 votos a favor do impeachment e 197 votos contra.

O presidente Donald Trump alegou fraude sem apresentar evidências, entrou com processos na Justiça e pediu recontagens de votos em uma disputa que ainda não tem resultado dois dias depois de ser realizada.

Nesta quinta-feira, 5, pelo Twitter, ele pediu que parem a contagem dos votos e disse que qualquer voto que chegar depois das eleições não será contado. Essa última parte, a rede social adicionou uma mensagem de política de integridade cívica, alertando para conteúdo que possa prejudicar o andamento das eleições. 

Com as tensões crescendo, cerca de 200 apoiadores do republicano, alguns armados com rifles e pistolas, se reuniram do lado de fora do escritório eleitoral em Phoenix, no Arizona, após rumores infundados de que os votos não estavam sendo contados.

Em Detroit, no Estado de Michigan, autoridades impediram que cerca de 30 pessoas, a maioria republicanos, entrassem em um local onde os votos estão sendo apurados em meio a alegações também sem fundamentos de que a contagem no Estado estava sendo fraudulenta.

Manifestantes contrários a Trump em outras cidades do país exigiam que a apuração continuasse. A polícia prendeu 11 pessoas e apreendeu armas em Portland, no Estado do Oregon, depois de relatos de tumultos.

Prisões também foram feitas em Nova York, Denver e Mineápolis. Mais de 100 manifestações estão programadas no país até o sábado.

A disputa pela Casa Branca dependia de corridas acirradas em cinco Estados. Biden tem vantagens apertadas em Nevada e no Arizona, enquanto Trump vê sua pequena dianteira diminuir na Pensilvânia e na Geórgia, Estados em que precisa vencer e onde os votos por correio estão sendo contados. Trump tem uma pequena vantagem na Carolina do Norte, outro Estado que precisa vencer para ter chances de reeleição.

Trump precisa manter a liderança e vencer nos Estados em que está à frente e conquistar Nevada ou Arizona para conseguir mais um mandato e evitar tornar-se o primeiro presidente norte-americano no cargo a perder uma reeleição desde o também republicano George H.W. Bush em 1992.